O Conselho de Administração da operadora de telecomunicações Oi disse na segunda-feira que a oferta pública de aquisição (OPA) da empresária angolana Isabel dos Santos pela Portugal Telecom SGPS era "inaceitável" porque promoveria mudanças nos termos da fusão da Oi com a companhia portuguesa.
O conselho afirmou ter decidido por unanimidade rechaçar quaisquer propostas para alteração dos termos da união com a Portugal Telecom SGPS, reforçando a posição da diretoria da Oi de considerar "descabida" qualquer mudança nesse sentido. "A Oi considera inaceitáveis (as condições) e confirma que não efetuará qualquer modificação nos atos societários, contratos definitivos e demais instrumentos firmados para atender qualquer das condições estipuladas na OPA", disse o comunicado.
Filha do presidente da Angola, Isabel dos Santos é dona da Terra Peregrin, grupo registrado em Portugal que lançou no domingo uma OPA sobre a totalidade do capital da Portugal Telecom SGPS, mediante a oferta de 1,35 por ação.
A investida da Terra Peregrin busca fazer de Isabel uma das principais acionistas na companhia combinada, de acordo com uma pessoa próxima à empresária.
A Oi tem dito que pode vender seus ativos portugueses para reduzir dívida. Entretanto, uma das condições da oferta da Terra Peregrin pela Portugal Telecom SGPS era de que a Oi não vendesse esses ativos.
Mas Isabel dá indícios de que pode mudar essas condições. Embora lamente a posição da Oi, um porta-voz da investidora afirmou ao Jornal de Negócios, de Portugal, que ela tem interesse em tornar a compra possível. "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para concretizá-la."
/ REUTERS e AGÊNCIA ESTADO