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Para a FGV, o PIB cresceu com força até fevereiro

Contraponto a avaliações pessimistas, Monitor do PIB-FGV indica avanço generalizado e significativo da economia

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Por Redação
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Até fevereiro de 2018, segundo o Monitor do PIB-FGV, houve avanço generalizado e significativo da economia. A ênfase da FGV contrasta com avaliações recentes de outras fontes, indicando uma desaceleração mais acentuada do ritmo de crescimento no primeiro trimestre do ano. Mas o Monitor do PIB-FGV tem grande abrangência e emprega metodologia semelhante à do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular a variação do Produto Interno Bruto (PIB). Pode, assim, ser considerado relevante para medir o ritmo da atividade.

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Segundo o Monitor, os avanços foram amplos, com crescimento do PIB em bases mensais, trimestrais e em 12 meses, com exceção para a comparação mensal dessazonalizada entre janeiro e fevereiro (queda de 0,3%).

O PIB do trimestre móvel (dezembro de 2017 a fevereiro de 2018), comparativamente ao PIB de igual trimestre de um ano atrás, mostrou crescimento de 1,7%, com destaque para a indústria de transformação (+5,4%) e para o comércio (+4,7%), contrastando com a queda de 1,7% da atividade agropecuária. O consumo das famílias avançou 2,5% no período, com ênfase nos bens de consumo duráveis (+12,6%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, ou taxa de investimento) cresceu 4,4%, liderada por máquinas e equipamentos. A exportação aumentou 5,5% apesar do recuo das vendas de minério de ferro. O coordenador da pesquisa, Claudio Considera, admite o risco de “perda de fôlego” do ritmo da “recuperação cíclica”, mas enfatiza que “todos os indicadores apresentaram taxas superiores àquelas observadas em 2017”.

A última pesquisa Focus feita pelo Banco Central com consultorias privadas revelou previsão de alta do PIB de 2,76% em 2018, abaixo dos 2,8% da projeção anterior. Alguns economistas temem que a alta do PIB de 2018 possa ser menor, da ordem de 2,2%.

Outras pesquisas servem como termômetros da atividade. O Indicador Movimento do Comércio, da Boa Vista SCPC, mostrou alta de 3,7% nas vendas do varejo no País em 12 meses, até março, comparado com os 12 meses anteriores. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que a intenção de consumo caiu 1,6% entre março e abril, após seis meses de alta.

Embora use dados até fevereiro, a análise da FGV deve ser vista como contraponto a avaliações pessimistas.

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