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Para Estevão, recessão no Brasil ocorreu com crise de confiança na gestão fiscal

Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, destacou que a recuperação ocorre com política de ajuste fiscal

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

WASHINGTON- O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, comentou que a recessão no Brasil, a pior da história, ocorreu com crise de confiança de agentes econômicos na gestão das contas públicas. "Mas agora o País está crescendo e a recuperação ocorre com política de ajuste fiscal", comentou.+ Ipea projeta alta de 0,3% no investimento no 1º trimestre

Estevão destacou que para os países da América Latina continuarem avançando o progresso econômico e social o "nome do jogo é o desenvolvimento institucional", inclusive na gestão da política macroeconômica. Ele destacou que no caso do Brasil, há independência de fato do Banco Central, a inflação é baixa e há um processo de melhora da administração das contas públicas.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão afirmou quea inflação é baixa no País e há um processo de melhora da administração das contas públicas Foto: Gustavo Raniere/Ministério da Fazenda

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"O Brasil é uma das maiores democracias de países emergentes", disse o secretário da Fazenda. "O País terá eleições este ano e o mercado se preocupa com candidatos a presidente", disse, ressaltando que tal fato ocorre normalmente e não causa maiores apreensões no governo e no setor privado.+ Mercado eleva inflação para 2019 e mantêm previsão do PIB

Segundo Marcello Estevão, é preciso no Brasil continuar as reformas estruturais pelo longo prazo, como a da Previdência Social. "Hoje há a discussão no País se vamos crescer 2%, 3% nos próximos cinco anos ou se vamos avançar 4%,5%", destacou. "Para o PIB subir 4%, 5%, necessitamos das reformas estruturais da economia."

Para o secretário do Ministério da Fazenda, é importante para o Brasil que a China mantenha sua posição de grande parceiro comercial. Ele destacou que o governo brasileiro vê com animação o ritmo de crescimento do gigante asiática. "Mas temos uma abordagem pragmática no setor externo. São bem-vindos investimentos dos EUA e da China no Brasil, obedecendo as leis do nosso País." Ele fez os comentários na "48ª Conferência Anual em Washington sobre as Américas: Uma nova agenda para crescimento", promovida pelo Council of Americas e Departamento de Estado dos EUA.

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