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Para Moody's, juros mais baixos beneficiarão todos os setores

De acordo com a agência, redução dará suporte à qualidade do crédito corporativo, aumentará a importância da gestão de ativos e reduzirá a dependência que as companhias têm do BNDES

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Por Redação
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As taxas de juros em queda no Brasil irão beneficiar os bancos, o setor de infraestrutura e de corporações não financeiras, segundo avaliação da agência de classificação de risco Moody's.

A Moody's observa que a menor disponibilidade de recursos públicos representa um risco para o desenvolvimento do grande volume de projetos de infraestrutura. Foto:

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"Apesar de haver pouco consenso entre os investidores sobre as expectativas econômicas e setoriais para o Brasil, todos os setores estão posicionados para ganhar com a redução das taxas de juros", afirmou, em relatório, a Senior Credit Officer e vice-presidente da Moody's, Barbara Mattos. "Juros menores ajudarão a pavimentar o caminho para uma transformação mais ampla dos mercados financeiros à medida que a economia se recupera da recente recessão econômica".

De acordo com a agência, os juros mais baixos darão suporte à qualidade do crédito corporativo, aumentarão a importância da gestão de ativos e reduzirão lentamente a dependência que as companhias têm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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A Moody's observa que a menor disponibilidade de recursos públicos representa um risco para o desenvolvimento do grande volume de projetos de infraestrutura. Embora o BNDES vá manter seu papel estratégico e predominante no financiamento da infraestrutura devido à disponibilidade de recursos de longo prazo, continua a agência, novos financiamentos privados crescerão gradualmente, tanto via dívida quanto via mercado de capitais, diversificando a base de financiamento da infraestrutura no país.

Para os bancos, gestoras de ativos e emissores de infraestrutura, a atual queda nos juros guarda semelhanças e diferenças com o período de 2012/2013, quando a Selic recuou para 7,25%.

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Segundo a Moody's, os bancos manterão uma posição cautelosa na concessão de crédito ao setor corporativo até pelo menos 2018, tendo reduzido significativamente seus contratos de financiamento corporativo desde o início de 2016. Para ajudar as companhias a cumprir com suas necessidades de financiamento, eles provavelmente se tornarão mais ativos no papel de consultores nos mercados de dívida graças, em parte, aos juros mais reduzidos.

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