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Parceria Transpacífico coloca 'pressão positiva' para acordo UE e Mercosul, diz ministro

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, a troca de propostas entre os dois blocos deverá acontecer até o início de novembro

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto, disse que a assinatura de um acordo comercial entre os EUA e 11 países do Pacífico coloca uma "pressão positiva" para que a União Europeia e o Mercosul também assinem um entendimento comercial. 

"Na medida em que os Estados Unidos se fortalecem em uma área da América do Sul, os europeus precisam responder a isso. Considero que isso vai fortalecer o interesse da União Europeia no fechamento do acordo com o Mercosul, coloca uma pressão positiva sobre esse processo", afirmou, após participar da cerimônia de posse de novos ministros, no Palácio do Planalto.

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto Foto: Dida Sampaio/Estadão

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De acordo com o ministro, a troca de propostas entre os dois blocos deverá acontecer até o início de novembro. Na semana passada, foi feita uma última reunião técnica entre os países do Mercosul, que agora deverão conversar com representantes europeus para dar início ao processo. 

Nesta segunda-feira, EUA, Japão, Canadá e outros nove países aprovaram a Parceria Transpacífico, o maior acordo de livre comércio do mundo, que abrange 40% do PIB do planeta. Segundo Monteiro, o acordo, que vinha sendo negociado há oito anos, já era esperado pelo governo brasileiro que, por isso, vinha se aproximando comercialmente dos Estados Unidos e de países do Pacífico, como México, Peru e Chile. 

"Isso significa que esse nosso foco estava correto. Na medida em que você integra mais a esses países que estão no acórdão do Transpacífico, você abre um mercado ampliado para as empresas brasileiras", acrescentou.

O ministro admitiu que o acordo poderá prejudicar alguns segmentos exportadores brasileiros, como o de açúcar, que enfrentará forte concorrência dos australianos no mercado norte-americano. "É algo que representa um segmento, mas em uma perspectiva mais ampla a gente ganha", acredita.

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