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PEC do teto de gastos será aprovada 'com folga', diz ministro

Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha disse que governo conta com apoio suficiente para aprovar a medida

Por Gabriela Lara e correspondente
Atualização:

PORTO ALEGRE - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira, 30, que o governo conta com apoio suficiente para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 - que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior - seja aprovada "com folga".

Segundo ele, o governo pode deixar a oposição "gritar" à vontade, pois isso não influenciará o resultado. "A oposição grita e a maioria vota. Deixa gritar. O papel deles é este mesmo. Eles têm que tentar desestabilizar o governo. Democracia é assim. Nós temos uma maioria, temos mais de dois terços. Vamos ganhar", afirmou em Porto Alegre a uma plateia formada por empresários e lideranças políticas do Rio Grande do Sul.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha Foto: André Dusek|Estadão

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Padilha também disse que os líderes dos partidos que integram a base governista - e que jantaram recentemente com o presidente Michel Temer no Palácio do Alvorada - sinalizaram apoio à PEC dos gastos. "Se Deus quiser e todos ajudarem, nós vamos ter sim a aprovação deste tema folgadamente", falou o ministro. "Estamos tranquilos com o debate em relação a este tema."

Mais cedo, em conversa com a imprensa, Padilha disse que na próxima segunda-feira, dia 3, será lido o relatório da comissão que analisa a matéria na Câmara dos Deputados. Ele também defendeu a necessidade de avançar nas reformas propostas pelo governo, principalmente na área fiscal, para criar um ambiente favorável à retomada da economia e à criação de empregos.

Comunicação. Questionado pela plateia sobre a nomeação de um porta-voz oficial no governo, Padilha disse, que independente disso, quem continua sendo o principal interlocutor é o próprio presidente Michel Temer. E negou que haja qualquer tipo de veto a eventuais fala de ministros.

"Só tem um para ser porta-voz: o presidente da República. Este é o cara. Ele tem que dar o rumo, e depois ninguém pode dissonar daquilo que ele disse", afirmou. Segundo Padilha, também é importante que os ministros não façam avaliação sobre uma área que não é a sua.

"Primeiro, ninguém entra na área dos outros e, segundo, só fala afinado com o presidente. E daí fale o que quiser. Mas não tem veto a A, B e C. Não tem veto a ninguém. O que se tem é uma orientação de que se vá pela comunicação oficial do governo", disse.

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Esta semana, Temer anunciou a escolha do diplomata de carreira Alexandre Parola para o cargo de porta-voz do governo. 

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