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Pesquisas contra a seca avançam

Projetos da Embrapa na região visam o desenvolvimento de variedades resistentes à seca e de plantas da caatinga que sirvam de alimento humano e animal

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A seca é um problema recorrente e o produtor precisa se preparar para enfrentá-la ou sofre as consequências, diz o assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura, Joaci Medeiros. Ele defende o uso de tecnologias de armazenagem, a exemplo do que fazem os europeus na época da neve, que guardam durante o ano comida e madeira (para aquecer as casas).

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A convivência melhor com a seca é o principal foco das pesquisas da Embrapa Semiárido, com sede em Petrolina (PE). Entre os projetos do órgão está o desenvolvimento de variedades resistentes à seca e de plantas da caatinga que sirvam de alimento humano e animal.

Sérgio Guilherme de Azevedo, chefe adjunto da área de transferência de tecnologia da Embrapa, cita o exemplo da gliricídia, planta com proteína trazida da América Central e que ajuda na engorda dos animais. O órgão também faz testes, há vários anos, com gado tipo Sindi, que veio do Paquistão e tem sobrevivido apenas com feno de capim.

Segundo Azevedo, há muita irregularidade nos períodos de chuva no semiárido, que vai de novembro a maio, dependendo da região. Em 2016, por exemplo, 80% das chuvas que caíram em Petrolina foram concentradas em duas semanas de janeiro. Nos últimos cinco anos, influenciada por mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño, a seca foi caracterizada como a pior do século. 

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