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Petrobrás abre auditoria sobre denúncia de pagamento de propina

Estatal prevê um prazo de ao menos 30 dias para apurar sobre supostas irregularidades em contratos com a companhia holandesa SBM

Por Vinicius Neder e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A Petrobrás abriu uma auditoria interna para apurar as denúncias de pagamentos de propinas a funcionários e intermediários da companhia, envolvendo os contratos com a SBM Offshore, empresa holandesa de fretamento de plataformas, informou a presidente da estatal, Graça Foster. Segundo Graça, os primeiros resultados da auditoria deverão levar 30 dias para sair.

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"Iniciamos na semana passada um processo de auditoria dentro da companhia. São previstos pelo menos 30 dias para concluir e ao longo desse período não daremos nenhuma informação sobre o assunto", afirmou Graça nesta terça-feira, na sede da companhia, no Rio, após evento de lançamento do patrocínio da Petrobrás à escuderia Williams, da Fórmula 1.

Graça recusou-se a citar fontes ou documentos que o processo de auditoria está recolhendo. Tampouco respondeu se Julio Faerman, citado na denúncia, tem relações com a Petrobrás. Uma denúncia de ex-funcionário da SBM Offshore sugere que funcionários da Petrobrás receberam propina para fechar negócios.

O relatório de denúncia, assinado apenas por FE (former employee, ou ex-funcionário), acusa a SBM de pagar US$ 250 milhões em propinas a autoridades de governos e de estatais de vários países, incluindo o Brasil. O esquema brasileiro ficaria com a maior parte, envolvendo US$ 139,2 milhões, destinados a funcionários e intermediários.

Williams. A Petrobrás assinou nesta terça-feira, 18, contrato de parceria tecnológica para fornecer combustíveis para a equipe de Fórmula 1 Williams. De 1998 a 2008, a Petrobras forneceu combustíveis para a Williams, mas rompeu o contrato em 2009. "Durante esse tempo longe, parte do vazio preenchemos com o patrocínio do Prêmio do Brasil, mas a petrobras gosta de operar, participar, servir", afirmou a presidente da Petrobrás, Graça Foster, na sede da companhia.

Comperj. Sobre as greves nas obras do Comperj, complexo petroquímico em construção na região metropolitana do Rio, Graça declarou que a estatal está dialogando. "Estamos dialogando sempre. São muitas empresas. Elas têm lá seus momentos para discutir salários e ganhos para os trabalhadores. Vez por outra, temos que conversar com eles porque é preciso caminhar", disse. Alegando estar em período de silêncio, por causa da divulgação dos resultados na próxima semana, a presidente da Petrobrás recusou-se a comentar a prática de lançar ao mar plataformas de petróleo inacabadas, como revelou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na semana passada. "Esse é um assunto que só vou tratar a partir da semana que vem. Hoje é ruim para falar comigo, mas eu não posso falar", disse Graça.

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