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Petrobrás anuncia mais uma reserva no pré-sal

A descoberta, que influenciou a alta das ações da empresa na Bovespa, pode representar a exploração de 380 milhões de barris de petróleo

Por Jacqueline Farid , André Magnabosco e da Agência Estado
Atualização:

A Petrobrás anunciou ontem uma nova descoberta na camada pré-sal da Bacia de Campos, no campo de Marlim. A nova reserva de óleo leve está localizada em lâmina d'água de 648 metros e, segundo comunicado da empresa, as estimativas preliminares apontam para um reservatório com cerca de 380 milhões de barris de petróleoO anúncio da descoberta elevou as ações da empresa na Bolsa de São Paulo e ajudou a evitar uma queda ainda maior da Bovespa, que fechou ontem com recuo de 2%, enquanto os papéis da Petrobrás subiram 1,44%.

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"Está prevista a realização de testes para avaliar a produtividade desses reservatórios", disse a empresa em nota. A Petrobrás informou também que um plano de avaliação será apresentado "em breve" à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).

A reserva está a 4.460 metros de profundidade. A perfuração, de acordo com a empresa, ocorreu na área de prospecção denominada Brava, pelo poço 6-MRL-199D-RJS, distante 170 km da cidade de Macaé (RJ).

A Petrobrás detalhou que a descoberta fica próxima à infraestrutura instalada dos campos de Marlim e Voador. O poço está a 4,5 km da plataforma P-27, "o que deve facilitar o desenvolvimento do campo, reduzir o prazo necessário para o início da produção e poderá diminuir os investimentos", conforme o comunicado.

A última descoberta anterior da empresa no pré-sal na Bacia de Campos havia sido informada ao mercado em 25 de maio. Neste caso, a reserva está localizada no Campo de Caratinga, a cerca de 106 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em lâmina d'água de 1.027 metros.

Em agosto do ano passado, a petrolífera iniciou o desenvolvimento de reservas de óleo leve na Bacia de Campos, próximas aos campos Marlim Sul e Marlim Leste, como parte do planejamento estratégica da companhia para o período 2009-2013. Em Marlim Leste, a companhia encontrou em 2005 o reservatório batizado de Jabuti, com 345 milhões de barris em reservas. O projeto já está produzindo por meio do navio-plataforma Seillean.

Captação

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As ações da empresa ontem foram favorecidas, também, por comunicado emitido pela estatal na noite da última quarta-feira.

Para analistas que acompanham a estatal, a divulgação da empresa do nome dos coordenadores da operação de emissão de ações é mais um sinal de que companhia não vê a crise no mercado europeu como razão para postergar seu plano de capitalização.

"Esta é mais uma prova de que a Petrobrás está empenhada em fazer o que precisa", destaca a estrategista da Ativa Corretora, Mônica Araújo.

Para o analista do Banco do Brasil Investimentos (BBI), Nelson Rodrigues de Matos, o novo material divulgado pela Petrobrás deve ser analisado juntamente com os demais comunicados da empresa (sobre a operação), que sinalizam a realização da oferta.

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"A Petrobrás está fazendo seu trabalho para sair a campo", afirmou o analista, que ressalta ainda a incerteza sobre qual será o perfil da operação. A indefinição está no que chamou de "plano A" ou de "plano B".

Alternativas

O plano A da companhia é a realização de uma oferta com a inclusão da cessão onerosa de barris da União à Petrobrás. O plano B seria a capitalização sem a inclusão dos 5 bilhões de barris de petróleo que devem ser repassados pela União. Neste caso, a operação deve ficar entre US$ 15 bilhões e US$ 25 bilhões, conforme divulgado anteriormente pela Petrobrás. Os bancos coordenadores da operação, ainda a ser detalhada, são o Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Citi, Itaú-BBA, Morgan Stanley e Santander.

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