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Petrobrás diz que incêndio não interrompeu operação da P-35

Na véspera, vazamento na conexão de uma tubulação de vapores causou princípio de fogo  

Por Agência Estado
Atualização:

A Petrobrás informa em comunicado à imprensa que não houve interrupção nas operações da plataforma P-35, na bacia de Campos, onde ocorreu um princípio de incêndio na quarta-feira, 11, controlado pela própria equipe da plataforma.

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A estatal comunicou à Capitania dos Portos que o incêndio ocorreu devido ao gotejamento de condensado de vapores de água e hidrocarbonetos (petróleo) sobre o revestimento térmico da Torre Regeneradora de Glicol (equipamento que faz parte do tratamento de gás na unidade).

A empresa ressaltou também que o incêndio não provocou danos pessoal ou material e que comunicou imediatamente o "ocorrido à Marinha e adotou todos os procedimentos de segurança previstos nessas situações".

Plataforma P-33 passará por manutenção

A plataforma P-33, alvo de denúncias a respeito das condições de segurança, passará por uma parada programada para manutenção geral em outubro. Na manhã de quarta-feira, 11, técnicos da Marinha e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) embarcaram na unidade para avaliar as denúncias, feitas pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que apontam risco à segurança dos funcionários embarcados.

Até o momento, não havia notícias sobre os resultados da vistoria. Marinha e ANP têm entre suas atribuições zelar pelas condições de segurança das plataformas de produção de petróleo no Brasil. Segundo a Petrobrás, a última vistoria certificação da Marinha foi emitida em dezembro de 2009 e continua válida. O Sindipetro-NF, porém, sustenta que há sérios problemas de segurança na P-33, que tem 11 anos de operação no campo de Marlim, na Bacia de Campos.

A embarcação chegou a ser interditada na semana passada pela Delegacia Regional do Trabalho, mas retomou as operações por força de liminar obtida pela Petrobrás na Justiça de Macaé. Em nota distribuída ontem, a estatal reforçou que não há riscos à segurança e informou que parte dos problemas apontados é comum a instalações em "atmosfera extremamente corrosiva, típica de ambientes marinhos".

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A empresa diz, no texto, que a plataforma está "com os reparos devidamente programados". "No próximo mês de outubro a P-33 realizará sua parada programada para manutenção geral." As paradas para manutenção são realizadas regularmente em todas as plataformas marítimas de petróleo, às vezes resultando em queda na média mensal de produção de petróleo. A P-33, porém, tem produção pequena, em torno de 20 mil barris por dia.

As denúncias de problemas de conservação foram feitas pelos próprios trabalhadores embarcados, segundo o Sindipetro-NF, que iniciou uma mobilização para interromper as atividades na embarcação. Além da Delegacia Regional do Trabalho, o sindicato levou a denúncia à Marinha, à ANP e ao Ministério Público do Trabalho. 

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