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Petrobrás diz que só o governo pode liberar negócios com empresas que fizeram acordos de leniência

Pedro Parente afirmou que termos fechados com o Ministério Público não são suficientes e que determinação precisa vir da Advocacia Geral da União e Ministério da Transparência

Por Josette Goulart
Atualização:

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, disse nesta terça-feira que os acordos de leniência fechados com o Ministério Público Federal, mesmo que com o aval do Tribunal de Contas da União, não são suficientes para retirar as empresas da lista que impede negócios com a estatal. Parente disse que a determinação precisa vir do governo federal por meio da Advocacia Geral da União e Ministério da Transparência. 

Presidente da Petrobrás, Pedro Parente Foto: Estadão

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"Nós somos ligados o ministério de Minas e Energia, que é do poder executivo. E temos então que receber uma orientação do poder executivo de qual é a sistemática a seguir. Então se eu tiver só uma orientação do MPF ou só do TCU não é suficiente", disse Parente a jornalistas após participar de evento promovido pelo banco Bradesco BBI, que reúne 800 investidores hoje em São Paulo. 

A decisão afeta diretamente a Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht que já assinaram acordos com o MPF e que juntas acordaram pagar cerca de R$ 10 bilhões em multas. As empresas no entanto ainda não chegaram a um acordo com o Ministério da Transparência (CGU) e seguem na lista negra da Petrobras, não podendo participar de qualquer concorrência da empresa. Segundo informações da Petrobras apenas a Setal Óleo e Gas, que também fez leniencia com o MPF, foi retirada da lista. Mas depois disso as regras mudaram.

De acordo com o presidente da Petrobrás, além de o governo dar a liberação aestatal precisará fazer ela mesma a avaliação dos sistemas de conformidade e governança de cada uma das empresas para formar sua própria conclusão.

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