As ações da Petrobrás fecharam em forte queda nesta sexta-feira, 7, depois da divulgação do resultado financeiro da estatal. O papel ON (com direito a voto) despencou 7,42% e PN (sem direito a voto) recuou 6,10%.
Os investidores consideraram os números operacionais como bons, mas alguns resultados gerais decepcionaram. O lucro líquido no segundo trimestre, por exemplo, foi de R$ 531 milhões - bem abaixo dos mais de R$ 4 bilhões esperados pelo mercado financeiro.
Além da Petrobrás, outras companhias da Bolsa brasileira sofreram com o acirramento do risco político. Os papéis da Vale, por exemplo, caíram 5,92% a ON e 4,85% a PN, Com isso, o Ibovespa terminou em baixa de 2,87%, aos 48.577,32 pontos. Este é o menor patamar para a Bolsa desde 16 de março. Na semana, acumulou perdas de 4,50% e, no ano, recuo de 2,86%. Apenas três papéis da carteira do Ibovespa - o índice com as principais ações do mercado brasileiro - subiram.
A crise política em Brasília, intensificada nesta semana, foi o principal fator citado pelos operadores para justificar a venda de ações. Hoje, notícias de que o vice-presidente Michel Temer teria pedido à presidente Dilma Rousseff para deixar a coordenação política trouxeram certo estresse para os negócios, apesar de momentâneo. Mesmo porque, durante a tarde Temer desmentiu a história por meio do microblog Twitter.
Durante a tarde, em meio ao avanço mais recente das apostas de que Dilma pode, de fato, enfrentar um processo de impeachment no Congresso, a presidente partiu para o contra-ataque. Durante evento do Minha Casa, Minha Vida, ela afirmou que o voto é a fonte de sua legitimidade e que ninguém tirará esta legitimidade. Dilma afirmou ainda que "aguenta a pressão, aguenta as ameaças".