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Petrobrás pressiona empregados por acordo trabalhista e quer pagar até o Natal

Estatal não abre mão de implementar um regime opcional de redução da jornada de oito para seis horas diárias, com redução proporcional do salário

Por Fernanda Nunes
Atualização:

RIO - A Petrobrás recorreu às festas de fim de ano para tentar pressionar os empregados a aceitar a proposta de reajuste salarial de 6% retroativo a setembro e mais 2,8% a partir de fevereiro, não retroativo. Em texto divulgado em sua rede interna nesta quarta-feira, 7, a empresa incentiva os funcionários a aprovar o acordo trabalhista deste ano até o dia 14 de para que o aumento saia antes do Natal.

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"A intenção da companhia é realizar o pagamento dos valores retroativos a setembro antes do feriado de Natal, dia 23 de dezembro. Para isso, é necessário que a proposta seja aprovada nas assembleias e que a assinatura do acordo pelos sindicatos ocorra até o dia 14 de dezembro. Caso algum sindicato não assine até esta data, limite para fechar a folha de pagamento, só haverá possibilidade de receber o retroativo a partir de janeiro", afirma a empresa.

A estatal destaca que não abre mão de implementar um regime opcional de redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias, com redução proporcional do salário. E ressalta que este é um dos impasses do acordo, porque a representante da maioria dos empregados, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), não está disposta a aceitar a proposta.

Mas, segundo a estatal, cinco sindicatos da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que responde por um número menor de funcionários, estariam com assembleias marcadas para definir o acordo e tendem a aceitar as condições negociadas até então.

"Em números gerais, nas primeiras assembleias, a proposta vem sendo aprovada pela categoria. É importante que neste momento os empregados conheçam a última e definitiva proposta da companhia, fiquem atentos à data de realização de assembleias em suas unidades e compareçam para votar", traz o texto.

A FNP, no entanto, nega a informação. Em sua página na internet, a federação afirma que as assembleias ainda não foram concluídas e que o resultado parcial não foi divulgado para a companhia. "Em vez disso, a Federação indicou aos sindicatos filiados que rejeitem a quarta proposta apresentada pela Petrobrás", informou a Federação.

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