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Petrobras tem milhares de litros de combustíveis furtados de dutos no RJ, diz polícia

Os produtos desviados, segundo a polícia, eram revendidos no mercado. Pela vazão identificada, seria possível encher um caminhão tanque em cerca de uma hora

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Por Redação
Atualização:

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um esquema ilegal de desvio de combustíveis de dutos da Petrobras em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, operado por traficantes de drogas e milicianos, a partir do qual teria sido possível desviar milhares de litros por meio de "bicas" instaladas na malha.

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Foi encontrada uma bica com capacidade para furtar até 20 mil litros de combustível por hora, a cerca de 10 quilômetros da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da petroleira, segundo as investigações. Os produtos desviados, segundo a polícia, eram revendidos no mercado. Pela vazão identificada, seria possível encher um caminhão tanque em cerca de uma hora.

A subsidiária de transporte e logística de combustíveis da Petrobras, Transpetro, afirmou em nota que, junto com sua controladora, colaborou com as investigações que resultaram na operação policial desta quinta-feira, 5.

Além disso, a companhia afirmou que, nesta quinta-feira, foi encontrada na estrutura do oleoduto Orbel II, que liga Rio de Janeiro a Belo Horizonte, uma instalação para o furto de combustível. Mas a empresa disse que não houve vazamento e que o duto opera normalmente.

A empresa não entrou em detalhes sobre os volumes de combustíveis que poderiam ter sido furtados.

O delegado da Polícia Civil Giniton Lages afirmou a jornalistas que o esquema de furto de combustíveis foi descoberto a partir de uma investigação sobre homicídios.

"Estávamos investigando mortes de pré-candidatos na Baixada e encontramos um outro crime. Já estamos investigando e contando com a colaboração da Petrobras", disse Lages. Ninguém foi preso até o momento.

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No Rio de Janeiro, milicianos são paramilitares que exploram ilegalmente alguns serviços, como fornecimento de botijão de gás e TV a cabo, em regiões mais pobres./REUTERS

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