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Petroleiros de 23 plataformas aprovam estado de greve a partir de 5ª

Também foi decidida a adoção da operação padrão, com a execução de todos os procedimentos de segurança da companhia que teriam sido negligenciados para garantir melhor produtividade

Por Antonio Pita
Atualização:

RIO - Petroleiros de 23 plataformas já aprovaram a realização, a partir de quinta-feira, das primeiras mobilizações contra as propostas da nova gestão da Petrobrás para a empresa. Os trabalhadores aprovaram iniciar a operação padrão nos procedimentos de segurança nas unidades, movimento chamado de Operação Para Pedro. Os trabalhadores também aprovaram um estado permanente de greve e rejeitaram a proposta de acordo coletivo e reajuste salarial feito pela companhia. Uma nova reunião de negociação entre a estatal e os sindicatos acontecerá na próxima quinta-feira.

Os trabalhadores realizam assembleias desde a última semana nas plataformas e bases sindicais em todo o País Foto: Fabio Motta/Estadão

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A operação padrão está agendada para começar já na quinta-feira, com a execução de todos os procedimentos de segurança da companhia. Segundo os petroleiros, algumas normas têm sido negligenciada pelos gerentes para permitir a melhor produtividade das unidades. Os sindicatos também alegam que a adesão de cerca de 19 mil trabalhadores aos programas de demissão voluntária da companhia, desde 2014, pode afetar as operações.

"A mobilização dará o pontapé na construção de uma greve nacional, que exigirá novas estratégias de luta da categoria", informou nota da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que agrega 12 sindicatos. A mobilização também questiona o programa de venda de ativos da companhia, estimado em US$ 15,1 bilhões até dezembro.

Os trabalhadores realizam assembleias desde a última semana nas plataformas e bases sindicais em todo o País. Além da operação padrão, os petroleiros de 26 plataformas aprovaram o estado de greve, em preparação para a paralisação nacional ainda sem data. Também rejeitaram a proposta trabalhadores de campos terrestres, bases logísticas e refinarias de São Paulo, Bahia e Espírito Santo.

Nas assembleias, a proposta da companhia para o acordo coletivo de trabalho foi rejeitada pelos trabalhadores de 27 plataformas e duas bases administrativas, no Rio. A proposta da Petrobrás previa o congelamento do salário base e reajuste de gratificações abaixo da inflação. A proposta também previa a opção aos funcionários administrativos de redução da jornada de trabalho e de salários.

De acordo com o levantamento realizado pelo Sindicato de Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro -NF), que concentra a maior parte das unidades marítimas da estatal, outras 22 plataformas e duas bases devem realizar assembleias até quarta-feira.

Já houve votações também nas bases de São Paulo, que rejeitaram o acordo coletivo; Espírito Santo e Bahia, onde a mobilização também foi aprovada ainda na última semana. As demais bases devem continuar as assembleias até a quarta-feira.

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