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PIB dos Estados Unidos surpreende e cresce 3,7% no 2º trimestre

Especialistas esperavam um crescimento de 3,2%; investimento das empresas e consumo interno ajudaram no resultado

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Por Redação
Atualização:
Melhora do PIB foi influenciada pelosinvestimentos das empresas, estoques, gastos do governo e gastos dos consumidores Foto: Michael Reynolds/EFE

A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que se esperava no segundo trimestre deste ano, com sólida demanda doméstica, mostrando forte impulso que ainda poderia permitir ao Federal Reserve, banco central norte-americano, aumentar as taxas de juro este ano. No período, as empresas elevaram os investimentos, mas também ampliaram os estoques, oferecendo sinais mistos para a perspectiva econômica do restante do ano.

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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu ao ritmo anual de 3,7% no trimestre passado, muito acima da taxa de 2,3% estimada no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, em sua segunda estimativa do PIB. Pesquisa Reuters com economistas apontou que a alta seria revisada para 3,2% no período. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, a estimativa era de um crescimento de no máximo 3,3%.

O dado divulgado nos EUA refere-se ao cálculo anual de crescimento da economia, conta diferente da feita no Brasil, que anuncia periodicamente o crescimento trimestral em relação ao trimestre anterior. Nos EUA, o crescimento anual de 3,7% representa um crescimento trimestral de 0,9124%. O Departamento do Comércio fará a divulgação de sua terceira estimativa do PIB do segundo trimestre em 25 de setembro. No Brasil, o PIB do segundo trimestre sai nesta sexta-feira.

Investimento. A revisão do PIB americano foi ampla e liderada por melhoras nas estimativas para investimentos das empresas, estoques, gastos do governo e gastos dos consumidores. Os investimentos das empresas, que refletem os gastos em construção, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento, avançaram em ritmo anualizado de 3,2% no segundo trimestre, ante o cálculo inicial de acréscimo de 0,6%.

Já os lucros do setor corporativo após impostos - desconsiderando-se a valorização dos estoques e ajustes no consumo de capital - cresceram 5,1% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, garantindo o maior aumento em um ano. Na comparação anual, os ganhos das empresas tiveram alta ainda mais expressiva, de 7,3%.

Os estoques das empresas também avançaram, para US$ 121,1 bilhões no segundo trimestre, acrescentando 0,22 ponto porcentual ao PIB. A princípio, o Departamento do Comércio havia estimado que os estoques tinham comprometido levemente o crescimento no período.

As vendas reais finais, que correspondem ao PIB menos as oscilações nos estoques privados - subiram 3,5% no segundo trimestre, ante o cálculo anterior de ganho de 2,4%

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Os gastos do consumo, que representam mais de dois terços do PIB, aumentaram a uma taxa de 3,1% entre abril e junho, ante +2,9% inicialmente. A nova leitura representa um grande avanço em relação à alta de 1,8% registrada no primeiro trimestre. Os gastos do governo, por sua vez, subiram 2,6%, mais do que a ganho originalmente estimado em 0,8%, assegurando o melhor resultado desde 2010.

Em relação ao comércio, as exportações dos EUA cresceram 5,2% no segundo trimestre, enquanto as importações avançaram 2,8%.

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