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PIB dos EUA recua 4,8% no 1º trimestre sob impacto do coronavírus

Os gastos com consumo, que respondem por cerca de 70% do PIB americano, caíram 7,6% no período; resultado é o pior desde a crise de 2008

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Por Redação
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WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos recuou no primeiro trimestre a seu ritmo mais acentuado desde a Grande Recessão, após a crise de 2008, uma vez que medidas rigorosas para retardar a propagação do novo coronavírus quase interromperam a atividade no país, encerrando a mais longa expansão da história norte-americana.

Descontando o zigue-zague provocado pela pandemia, a economia brasileira saiu da recessão para a estagnação, a inflação e os juros ainda estão crescendo. Foto: Bryan R. Smith/AFP - 18/03/2020

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O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quarta-feira, 29, que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,8% no período de janeiro a março em comparação com o mesmo período do ano passado, depois de expandir a uma taxa de 2,1% nos últimos três meses de 2019.

Economistas em pesquisa da Reuters esperavam uma contração do PIB de 4%, embora as estimativas tenham chegado a uma queda de 15%.  No quarto trimestre de 2019, os EUA haviam se expandido 2,1%, também na comparação anualizada.

Os gastos com consumo, que representam cerca de 70% do PIB americano, tiveram queda de 7,6% entre janeiro e março.

O declínio refletiu a queda na atividade econômica nas últimas duas semanas de março, em que milhões de norte-americanos buscaram auxílio-desemprego. Os dados reforçam as previsões dos analistas de que a economia já está em recessão profunda.

A maioria dos componentes-chave da produção econômica dos EUA - incluindo os gastos do consumidor, que representam dois terços da atividade econômica - caíram acentuadamente.

“A economia está em queda livre; podemos estar próximos de algo muito pior do que uma profunda recessão”, disse Sung Won Sohn, professor de economia empresarial da Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles.

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“É prematuro falar sobre uma recuperação neste momento; veremos muitas falências para pequenas e médias empresas.”

O declínio no primeiro trimestre teve o ritmo mais profundo de contração do PIB desde o primeiro trimestre de 2009. / COM DOW JONES NEWSWIRES

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