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Plano de exportações está perto de ser anunciado, diz ministro

Segundo Armando Monteiro, principais pontos do pacote foram fechados em reunião realizada ontem

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O governo fechou ontem os principais pontos do Plano Nacional de Exportações, que agora depende apenas da agenda da presidente Dilma Rousseff para ser anunciado, de acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. O principal entrave à divulgação do plano era o tamanho do orçamento do Proex-Equalização - programa pelo qual o Tesouro Nacional cobre parte dos encargos financeiros das exportações. O ministro do Desenvolvimento queria um orçamento maior do que os atuais US$ 1,5 bilhão previstos para este ano, enquanto o Ministério da Fazenda queria um corte de 40% na previsão para 2015. "Vamos poder ter uma margem maior para operar o sistema", afirmou o ministro, após reunião de mais de três horas com a presidente Dilma Rousseff e integrantes da equipe econômica. Monteiro disse que foram encontradas "soluções satisfatórias" para os impasses em torno do plano. O programa prevê ainda o aperfeiçoamento de mecanismos de exportação e de tributos incidentes sobre a cadeia e estímulos para que bancos privados deem garantias aos exportadores brasileiros. "Os pilares do plano estão sendo definidos e estou otimista em relação à posição final", disse Monteiro. A expectativa era que o plano fosse anunciado em fevereiro, mas, em ano de ajuste fiscal, o impasse orçamentário impediu a divulgação. Sem acordo entre a equipe econômica e o Ministério do Desenvolvimento, a decisão sobre o PNE ficou para a presidente Dilma, que prometeu a empresários entregar o plano até o fim de maio. Participaram da reunião de ontem representantes do Itamaraty, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Acordos. Para melhorar o comércio exterior brasileiro, além do plano de exportações, o ministro do Desenvolvimento também vem defendendo a necessidade de negociações de acordos bilaterais. Monteiro já declarou que o fato de o Brasil integrar o Mercosul não pode excluir o País de acordos com outras partes do mundo. Monteiro também defende urgência na aprovação de um acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia, que vem sendo negociado há tempos. Para ele, o Brasil tem mais pressa no acordo do que outros países do Mercosul, e podem ser criadas alternativas para permitir que cada país do bloco possa aderir em prazo diferente.

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