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Operação da Polícia Federal investiga crimes de extorsão contra a Vale

Mineradora classifica ataques que sofreu desde maio de 2016 como 'atentados terroristas'

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO DE JANEIRO - A Polícia Federal do Pará deflagrou, nesta segunda-feira, a Operação Extortore, que investiga atos de sabotagem praticados em instalações da Vale em Parauapebas, no Pará, para extorquir valores indevidos da companhia. Agentes cumprem dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão.

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Segundo a polícia, diversas torres de transmissão de energia que atendiam às atividades da Vale na região foram alvo de ataques de criminosos desde maio de 2016. Os criminosos desparafusavam as bases das torres, que ficavam na iminência de cair. Em seguida, eles entravam em contato com um funcionário da área de segurança da empresa indicando as torres atacadas e exigiam quantias que chegavam a R$ 15 milhões para cessarem os ataques.

Em nota enviada ao Estadão/Broadcast, a Vale classificou os atos como atentados terroristas contra a mineradora.

"O papel da Vale foi fornecer informações à Polícia Federal, nos últimos meses, em função da gravidade desses atentados terroristas cometidos contra a empresa. A Vale vai continuar colaborando com as investigações da Polícia Federal e ressalta o trabalho profissional e competente da PF ao longo desta investigação", declarou a companhia.

PF investiga ataques à Estrada de Ferro Carajás e a torres de transmissão de energia que atendiam às atividades da Vale no Pará. Foto: Marcos Arcoverde

A investigação foi iniciada pela Polícia Civil, mas foi assumida pela Polícia Federal após a constatação de que os mesmos indivíduos foram responsáveis por um ataque com explosivos à Estrada de Ferro Carajás, em 19 de outubro de 2016. As explosões causaram danos à estrutura da estrada de ferro.

Após o ataque a bomba, as ameaças cessaram por um período, o que dificultou o aprofundamento das investigações. Mas os novos atos de sabotagem voltaram a ser praticados nos últimos meses, permitindo o acompanhamento da Polícia Federal.

A operação investiga crimes de extorsão, explosão, perigo de desastre ferroviário, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e fabricação de artefato explosivo, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

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