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Preço da cesta básica cai em 15 capitais em agosto, diz Dieese

Batata, tomate, feijão e óleo de soja tiveram retração de valor na maioria das capitais; a cesta básica mais barata é a de Aracaju (R$ 283,02) e a mais cara, Porto Alegre (R$ 387,83)

Por Mário Braga
Atualização:

SÃO PAULO - O preço da cesta básica em agosto caiu em 15 das 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta sexta-feira, 4, as maiores retrações foram registradas em Fortaleza (-4,60%), Salvador (-4,02%), Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). Por outro lado, registraram os maiores aumentos no valor do conjunto de bens alimentícios básicos as cidades de Porto Alegre (1,20%) e João Pessoa (0,28%). 

Nos oito primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, todas as cidades acumularam altas no preço da cesta básica, que variaram de 3,94%, em Brasília, a 15,19%, em Aracaju. No acumulado de 12 meses até agosto, a situação é a mesma, com todas as cidades mostrando elevação do preço na cesta básica. Neste recorte, o destaque de baixa foi Natal (5,84%) e o de alta, mais uma vez, Aracaju (22,77%).

Salário mínimo necessário parauma família de quatro pessoasdeveria ser deR$ 3.258,16 Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

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Os produtos que mais influenciaram a elevação no preço da cesta básica em agosto, conforme o Dieese, foram pão francês, leite, carne bovina e café. Já batata, tomate, feijão e óleo de soja tiveram retração de valor na maioria das capitais.

Em valores, o maior custo da cesta básica em junho foi registrado em Porto Alegre (R$ 387,83), seguida por São Paulo (R$ 386,04), Florianópolis (R$ 372,79) e Rio de Janeiro (R$ 361,93). Já os menores valores médios ficaram em Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286,36) e Salvador (R$ 305,11).

De acordo com cálculos do Dieese, em julho o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo conceitos firmados na Constituição, deveria equivaler a R$ 3.258,16, ou 4,13 vezes mais do que o valor do salário mínimo atual, de R$ 788,00. Em agosto do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.861,55, ou 3,95 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).

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