PUBLICIDADE

Preço dos alimentos dobrou em 10 anos

Custo avançou 99,73% entre 2005 e 2014, enquanto índice de inflação registrou taxa bem inferior, de 69,3%, de acordo com o IBGE

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

Os preços dos alimentos já subiram 99,73% nos últimos dez anos, muito acima da inflação oficial no período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma taxa de 69,34% de 2005 a 2014. Ou seja, o custo para comer praticamente dobrou no período. 

Os problemas climáticos e o aumento da demanda pressionam os preços de alimentos, segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Custo avançou 99,73% entre 2005 e 2014 Foto: Hélvio Romero/Estadão

PUBLICIDADE

"(Esse aumento) Vem sendo atribuído a problemas climáticos, às mudanças que vêm ocorrendo no clima e ao dólar, que sempre permeia a agricultura. A seca, tem prejudicado as lavouras não só no Brasil, mas no mundo todo. E também tem o aumento da demanda. Aqui no Brasil tem tido mais renda, mais emprego, e, consequentemente, mais procura por alimentos", justificou Eulina.

Nos últimos dez anos, os alimentos consumidos em casa subiram 86,59%. No entanto, a alta foi de 136,14% para os alimentos consumidos fora de casa.

"É renda, é o aumento do emprego, as mulheres trabalhando mais fora de casa, a maior dificuldade de ter empregada. As pessoas estão optando muitas vezes por comerem direto na rua", explicou Eulina. "E tem também a questão dos custos desses estabelecimentos, que é o próprio aumento dos preços dos alimentos, aumento do aluguel, os salários aumentando além da inflação, com ganhos reais. São vários custos que fazem esse grupamento ter aumento", completou.

O item refeição fora aumentou 141,05% em dez anos, o empregado doméstico subiu 181,89%, e o aluguel aumentou 100,49%.

O IBGE calculou ainda a inflação de serviços no período, que alcançou 107,56% em dez anos, e a de monitorados, com taxa de 50,41%. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.