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Preços no varejo em SP recuam na 1ª quadrissemana de março

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice de Preços no Varejo (IPV) da primeira quadrissemana de março apresentou alta de 0,06%, variação 0,33 ponto porcentual inferior à registrada na última semana de fevereiro, de 0,39%. A divulgação do índice foi feita hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e surpreendeu Fábio Pina, analista econômico da instituição. "Quase todos os grupos apresentaram queda e o índice veio bem aquém do que se imaginava. Ou seja, não há nenhuma pressão inflacionária", disse. O analista comparou o resultado do IPV da primeira quadrissemana do mês aos índices de inflação divulgados recentemente, como a deflação apontada pelo Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Economia e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) de fevereiro. "A impressão que dá é que houve uma reposição de preços em janeiro na expectativa da retomada do crescimento da atividade econômica e que isto agora vem se dissipando", avaliou. O IPV é dividido nos seguintes grupos: Duráveis (+0,25%), Semiduráveis (-0,37%), Não-duráveis (-0,43%), Comércio Automotivo (1,59%) e Materiais de Construção (2,18%). O segmento que apresenta o maior peso na composição do índice é o Não-duráveis porque registra a variação dos preços dos produtos alimentícios, que na primeira quadrissemana de março apresentou deflação de 0,64%. Maiores altas Segundo Pina, o grupo Comércio Automotivo apresentou variação significativa no período de consulta da Fecomercio em função de três variantes: lançamento de carros novos, fim do acordo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a iniciativa generalizada do setor de elevar os preços. Na área da construção civil, grupo que registrou a maior inflação do período, nos cálculos da Fecomercio, a justificativa para a alta dos preços encontrada pela instituição foi o anúncio de disponibilidade de recursos do governo para o setor. Perspectivas O analista acredita que a segunda quadrissemana do mês apresente variação próxima à apurada no primeiro período. Para o final de março, Pina acredita que o índice deve ficar abaixo do registrado em fevereiro. A metodologia do cálculo do índice é similar ao que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) utiliza para chegar ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), salientou o analista.

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