Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) se mostraram preocupados no mês passado de que crescia o risco de declínios de preços ao consumidor na zona do euro, levando-os a aprovar um plano de compras de bônus, cujo montante foi ainda maior do que a opção oferecida pelo economista-chefe do banco.
A região enfrentava "o risco de um período demasiadamente longo de inflação muito baixa", disse o BCE, em um relato das deliberações políticas de 22 de janeiro. "Isso, por sua vez, levantou a possibilidade da chegada de forças deflacionárias, o que não permitiria uma atitude de 'negligência benigna'".
Como resultado, a maioria dos membros do conselho do BCE aprovou um programa de compra de bônus de 60 bilhões de euros por mês, principalmente títulos públicos, que teria início em março e permaneceria em vigor, pelo menos, até setembro de 2016. Isso foi mais elevado do que o valor mensal de 50 bilhões de euros mencionado pelo economista-chefe do BCE, Peter Praet, como uma opção para o conselho completo, o que teria um período de execução um pouco maior. Compra de bônus corporativos também foi analisada.
"A fim de acelerar o impacto, houve um amplo apoio em favor de alguma distribuição prévia", disse o BCE no relato da reunião. Entre outros temas, o relato aponta que o impacto positivo na queda dos preços de petróleo ainda é incerto.
O documento mostrou também que alguns dirigentes favoreceram postura de "esperar para ver" em janeiro e que alguns não viram necessidade de ação urgente. Fonte: Dow Jones Newswires.