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Preocupação no Congresso é Refis, TLP e reoneração da folha, diz Maia

Os três tópicos foram a solução encontrada pelo governo diante da dificuldade de se aprovar a Reforma da Previdência

Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Renan Truffi e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Em reunião com a equipe econômica do governo, nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, (DEM-RJ), chegou a um acordo sobre os temas que devem ser tratados como prioridade no Congresso nas próximas semanas. Com o objetivo de auxiliar o Palácio do Planalto a resolver o problema do rombo fiscal, a Câmara vai focar seus trabalhos na aprovação de três frentes: um novo Refis, uma nova Taxa de Longo Prazo para o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e a aprovação da reoneração da folha de pagamento.

"Eu convidei os ministros pra que eles pudessem ampliar o debate do que está sendo discutido com o Poder Executivo sobre a situação das despesas para que, de forma compartilhada, cada líder possa ter informações corretas das dificuldades em relação a gastos obrigatórios e custos de curto prazo. A apresentação foi importante, mostrando crescimento por exemplo dos gastos da Previdência em relação aos gastos obrigatórios que saem de 49% para 56% esse ano. O crescimento desses gastos é permanente enquanto não votamos a Previdência", disse Maia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os três tópicos foram a solução encontrada pelo governo e o Congresso diante da dificuldade de se aprovar a reforma da Previdência. "Estamos num processo de rearticulação da Previdência com o objetivo de construirmos uma maioria que hoje não temos. Então ficamos na discussão de três projetos", explicou o presidente da Câmara. Maia reconheceu que, das três propostas, o Refis é a que deve ter um impacto imediato no fechamento das contas públicas. "Estamos trabalhando para que tenhamos algum acordo próximo aos R$ 13 bilhões propostos pelo governo", acrescentou. Rodrigo Maia disse que recuperar apenas R$ 1 bilhão no parcelamento de dívidas de pessoas físicas com a União seria "um desastre".

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Sobre a TLP, Maia disse que o objetivo é acabar com os "privilégios" do setor privado. Segundo ele, a nova taxa dá ao Congresso o poder de decidir quais empresas serão beneficiadas pelos subsídios nos empréstimos concedidos pelo BNDES. A reunião entre Maia e a equipe econômica aconteceu na residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados e contou com a presença dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. Também estiveram presentes líderes do governo no Congresso.

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