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Prepare o bolso para as contas de janeiro

No início do ano, as contas se acumulam: cheques pré-datados, cartões de crédito, mensalidade escolar, impostos. Tudo tem de ser pago ao mesmo tempo. O remédio é planejar desde já.

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro mês do ano é também o mês em que, tradicionalmente, as contas se acumulam. Além das dívidas feitas nas compras de Natal, chega a hora de pagar a primeira mensalidade do colégio dos filhos e, ainda, alguns impostos. Especialistas aconselham que, para não se atrapalhar no meio de tantas contas, é preciso fazer um planejamento desde já. É melhor não parcelar O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é o primeiro a ser pago. A parcela única com desconto deve ser paga até 8 de janeiro ou até o dia 21 - dependendo do número final da placa. Esses são os prazos, também, para o pagamento da primeira parcela - o imposto pode ser pago em até três vezes. Além do IPVA, outro imposto começa a dar dor de cabeça no início do ano - o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O pagamento, que pode ser feito em até dez vezes, tem início, para a grande maioria dos paulistanos, em janeiro. Segundo o especialista em finanças pessoais Alberto Borges Matos, estudos mostram que parcelar o pagamento desses impostos não compensa. "Se a pessoa puder pagar à vista, melhor, porque pode obter desconto. O parcelamento só é aconselhado se ela tiver de pedir um empréstimo em banco para poder quitar tudo de uma só vez." Junto com os impostos, no início do ano também começam a vencer as faturas das compras de Natal feitas nos cartões de crédito e os cheques pré-datados. Além disso, é hora de a pagar primeira mensalidade do colégio - porque a anuidade, em geral, é dividida em 12 vezes -, o material escolar e o uniforme. "São pequenos gastos que acabam se acumulando e pesando bastante no orçamento", lembra a assessora de Direção do Procon-SP, Elisete Miyazaki. Aumento da inadimplência Prova evidente de que as contas ficam mais apertadas no início do ano é o aumento da inadimplência nessa época. "Tradicionalmente, há esse aumento porque as pessoas não conseguem pagar todas as contas que surgem", diz Matos. Para Elisete, o problema é que as pessoas não conseguem fazer um orçamento dos gastos e vivem às custas de contas virtuais, como limites de cheque especial e de cartão de crédito. "Por isso, a saída é fazer uma programação dos gastos que estão por vir, e isso, na verdade, já deveria ter sido feito". Planejar os gastos também é o conselho de Matos. "Uma idéia é preparar um fluxo de caixa, anotando o que vai sair e o que vai entrar no início do ano. Só assim pode-se driblar esse período delicado da melhor forma possível". A professora Maria da Glória Carneiro de Souza diz que sempre se atrapalha no começo do ano. "Parcelo sempre que posso, mas, como nessa época as contas são muitas, às vezes acabo até me esquecendo de pagar tudo. Aí vêm os juros e a multa".

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