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Presidente da General Motors deve deixar cargo

Obama pede saída imediata de Rick Wagoner; na França, Peugeot-Citroën anuncia demissão de CEO.

Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente da montadora americana General Motors (GM), Rick Wagoner, concordou em deixar o cargo, segundo informações da Casa Branca. Um alto funcionário da Casa Branca confirmou à BBC neste domingo que Wagoner deverá deixar seu cargo imediatamente, a pedido do governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Aos 56 anos, Wagoner ingressou na GM em 1977 e assumiu o comando da empresa em 2003. O anúncio da renúncia do principal executivo da GM foi feito no momento em que o governo americano prepara um novo plano de ajuda à empresa e à Chrysler, outra gigante do setor automotivo. As duas montadoras já receberam juntas US$ 17,4 bilhões (cerca de R$ 39,6 bilhões) em ajuda do governo. As empresas afirmam que, sem a injeção de recursos, poderiam quebrar, e pediram mais fundos. A GM pede mais US$ 16,7 bilhões (cerca de R$ 38 bilhões), e a Chrysler, outros US$ 5 bilhões (R$ 11,3 bilhões). Em uma entrevista transmitida pela rede de TV americana CBS, Obama disse que as montadoras devem fazer mais para justificar uma ajuda financeira adicional. "Elas ainda não chegaram lá", disse o presidente americano. A GM já anunciou corte de 47 mil vagas, e a Chrysler deverá demitir 3 mil funcionários até o fim do ano. Essas demissões representam o maior corte de empregos anunciado por uma empresa americana na atual crise econômica. Em dezembro, a GM também anunciou que reduziria o número de fábricas de 47 para 38 até 2012. Agora, porém, a empresa planeja fechar outras cinco fábricas, reduzindo o número total para 33. A montadora também pretende reduzir o número de marcas produzidas de oito para quatro: Chevrolet, Buick, Cadillac e GMC. A Ford, que também integra o grupo das grandes montadoras americanas, ainda não pediu ajuda financeira ao governo, mas já afirmou que poderá precisar de recursos no futuro. As vendas das três empresas registraram forte redução no mercado doméstico desde o agravamento da crise econômica. Na França, a Peugeot-Citroën, maior montadora do país, também anunciou neste domingo a demissão de seu presidente, Christian Streiff, alegando que precisa de uma nova liderança diante das "dificuldades excepcionais" enfrentadas pela indústria automotiva. No mês passado, a montadora francesa anunciou perdas de quase 343 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão) em 2008. A empresa também anunciou planos de cortar 11 mil vagas, equivalentes a 10% de sua força de trabalho. Streiff será substituído a partir de junho por Philippe Varin, CEO grupo siderúrgico Corus. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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