'É possível oferecer ensino de alto nível para as classes C e D' Depois de 17 anos prestando consultoria para empresas do setor de educação, como Kroton e Anhanguera, Ryon Braga decidiu desenvolver ele próprio um modelo que fosse referência no setor. A ONG fundada por ele assumiu a direção da Uniamérica, de Foz do Iguaçu, e começou a promover uma revolução no modelo de ensino dessa instituição. Sócio fundador da Hoper Consultoria e acionista do Grupo Anima, que abriu o capital em 2014, Ryon Braga levantou doações das duas empresas em que tem participação e do Instituto Península, braço de investimento social da família Diniz, para colocar o projeto, sem fins lucrativos, de pé. Qual seu objetivo com a Uniamérica? É um projeto social. Quero provar três coisas com ele: que é possível criar uma metodologia nova de ensino, diminuir a evasão e oferecer um modelo de alto nível para as classes C e D. A ideia é transformar a Uniamérica numa instituição internacional, com cerca de 30% de alunos estrangeiros. No que a metodologia é diferente? A metodologia é semelhante à de Stanford. O aluno não vê o conteúdo de forma linear, por meio de disciplinas. Ele aprende à medida que precisa daquele conhecimento para desenvolver os projetos. Acabamos com as aulas expositivas. Assim, o aluno estuda em casa e o professor, em sala de aula, complementa o conhecimento. Vocês usam seu próprio material didático? Sim. A Hoper se uniu ao Grupo A, de Porto Alegre, e criou a Sagah, uma empresa que desenvolve conteúdo para cursos de graduação e pós graduação com base em metodologia de aprendizado ativo, com vídeos e textos. Todos os cursos da Uniamérica adotam esse material. A partir deste ano, vamos vender esse conteúdo no mercado para outras instituições.