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Privatizações diminuem possibilidade de aumento de impostos, diz Meirelles

Segundo o ministro da Fazenda, a experiência brasileira com privatizações em setores como aeroportos e telecomunicações mostra que os ganhos superam os custos

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Por Eduardo Laguna (Broadcast) e Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

Meirelles acredita que a iniciativa privada poderá oferecer serviços melhores à população, que hoje são prestados pelo Estado Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez um discurso em defesa das privatizações ao chegar a um evento na capital paulista, na noite desta quinta-feira, 24. Segundo ele, a transferência de estatais ao setor privado ajudará a fechar as contas dentro da meta fiscal e diminuem muito, podendo até eliminar, o risco de o governo ter que voltar a subir impostos. Segundo Meirelles, a experiência brasileira com privatizações em setores como aeroportos e telecomunicações mostra que os ganhos superam os custos. O ministro ainda declarou que, nas mãos da iniciativa privada, a população deve ganhar com a melhora de serviços prestados hoje pelo Estado. "O programa de privatização vai permitir uma arrecadação importante, prevista de R$ 40 bilhões entre este ano e o ano que vem, dinheiro que vai aos cofres da União", disse Meirelles em entrevista a jornalistas antes de participar de cerimônia organizada pelo jornal Valor Econômico.

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Eletrobrás.  Ao fazer uma defesa do plano de privatização da estatal, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira que a Eletrobrás tem um histórico de alto custo ao Tesouro e descartou a possibilidade de aumento da conta de energia com a venda da companhia. Segundo Meirelles, a tendência é que a gestão da empresa melhore sob controle privado, reduzindo seus custos, o que poderá ser transferido às tarifas. "Gestão tem sido feita com profissionalismo. Importante é que a tarifa seja a menor possível e a gestão, a melhor possível.”

+ Com privatização, Eletrobrás pode ficar sem controle definido Ao chegar a evento em São Paulo, Meirelles classificou o programa de privatizações do governo Temer como "bastante moderno" e descartou que o calendário eleitoral do ano que vem possa ser um obstáculo para a realização dos leilões no ano que vem. "O cronograma deve ser cumprido. A privatização é hoje uma agenda nacional." "Privatizando o que dá lucro, você arrecada muito mais."

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