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Produtividade foi tema recorrente em encontro da CNI

A presidente Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel discursaram no evento

Por Eduardo Cucolo , Laís Alegretti , Ricardo Della Coletta e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O Encontro Nacional da Indústria 2013, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na manhã desta quarta-feira, teve como um dos temas principais a importância de se aumentar a produtividade. Além de Robson Andrade, presidente da CNI, abordaram o assunto a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

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Robson Andrade elogiou as "ações acertadas" do governo federal na área de infraestrutura, citando a lei dos portos, concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos, além do leilão do campo de Libra.

Andrade afirmou que, com regras estáveis e atraentes, sempre haverá empresas interessadas em investir. Ele disse ainda que já começou a ser sentida a redução do tempo de entrada de mercadorias em aeroportos sob gestão da iniciativa privada. "Com adoção de diversas medidas, o governo federal tem feito esforços pra reduzir custos produtivos, estimular investimentos e modernizar infraestrutura", disse.

"A indústria brasileira tem força e qualidade para conquistar espaços e vencer no mais acirrado dos mercados. Para isso, precisamos concorrer em igualdade de condições com produtos de outros países", afirmou. "O objetivo aqui é o de analisar o cenário do país, definir tendências e posição da indústria diante das incertezas no panorama internacional."

Para Dilma, o Brasil está se preparando para melhorar as condições de produtividade do trabalho e considerou essa mudança crucial para o atual momento de incertezas na economia internacional e também para o momento de recuperação da economia mundial. Ela afirmou ainda que a destinação de 75% dos royalties do petróleo vai acelerar avanços em educação.

Segundo a presidente, crescer e distribuir, no Brasil, requer compromisso com o desenvolvimento do setor industrial. "Todos esses processos vão requerer que continuemos apoiando o investimento produtivo." Dilma participou do Encontro Nacional da Indústria.

A presidente considera necessário modernizar o Estado brasileiro. Disse que isso vai requerer um combate à tradição burocrática que o Brasil adotou desde a era colonial. "Não podemos continuar criando entraves para medidas que significam melhoria do sistema produtivo do país. Temos compromisso com a modernização do Estado", afirmou.

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Mercadante, por sua vez, afirmou que a demanda da indústria tem de orientar o esforço da pesquisa e da ciência. "A ciência tem de virar patente, tem de virar inovação, tem de produzir qualidade com menos custos, aumentando a produtividade", afirmou.

Ele defendeu o ensino técnico, que classificou como "decisivo para que o jovem transforme vontade de estudar em projeto de qualificação para sua família e para empresas que vão trabalhar", disse. Ele acrescentou que o governo criará mais 800 mil vagas para ensino técnico, inclusive em parceria com universidades privadas.

Fernando Pimentel falou ao público presente que o Brasil construiu "um consenso" em torno da necessidade de aumentar a produtividade nacional. "Existe um consenso na direção de construirmos uma nação competitiva", afirmou Pimentel, durante o Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília. "É só por esse consenso que o governo consegue realizar o maior programa de concessões públicas da história do Brasil", emendou o ministro.

Para ele, o Brasil avança quando a sociedade forma "grandes consensos". Como exemplo, ele citou a redemocratização do País. "Foi assim quando saímos do regime autoritário e construímos uma das mais sólidas democracias do mundo, porque o povo brasileiro chegou a um consenso".

 

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