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Programa rural usa saídas sustentáveis

Versão rural do Minha Casa Minha Vida inclui biodigestores e tratamento natural do esgoto por plantas

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Por Murilo Rodrigues Alves
Atualização:

Além de mais espaçosas, as moradias da versão rural do Minha Casa Minha Vida são também mais “verdes”. Em Itaberaí, duas ideias estão sendo colocadas em prática para reduzir os custos e tornar as propriedades mais sustentáveis. O café coado na casa de Claudirene Oliveira foi feito com biogás produzido na própria propriedade a partir de esterco. “No começo, fiquei com medo de a casa inteira ficar cheirando a bosta de vaca”, confessa. “Mas isso não aconteceu e ainda economizei com o gás.” O Minha Casa Minha Vida Rural começou a incluir biodigestores nas residências entregues a partir do ano passado. A iniciativa é uma parceria entre o Fundo Socioambiental da Caixa, com recursos do Orçamento Geral da União, e a ONG Diaconia, que treina os agricultores. De acordo com a Caixa, a tecnologia é usada em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Cada biodigestor custa entre R$ 2 mil e R$ 3 mil para ser construído. Eles processam matéria orgânica, como dejetos de animais e restos de alimentos, transformando-os em biogás – que substitui o gás de cozinha e a energia elétrica – e biofertilizantes, adubo orgânico para capim e plantações. Quem já instalou o biodigestor lucra com a venda de gás e energia.  Outra solução ecologicamente correta usada nas propriedades rurais onde estão sendo construídas as casas do programa é o canteiro biosséptico, que é uma espécie de tratamento natural do esgoto. A matéria orgânica é digerida por plantas e micro-organismos anaeróbios. Eles absorvem a matéria orgânica proveniente das fezes, filtram a água, que depois é devolvida na sua forma limpa. 

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