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Projeto de repatriação pode ser votado antes da PEC do Teto, diz Maia

Segundo Maia, já há uma articulação de muitos partidos para votação em plenário na segunda-feira pela manhã

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Por Marcia Furlan
Atualização:
Maia fez mais uma defesa da aprovação da PEC do Teto Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 6, que a votação do projeto que altera a repatriação de recursos pode ser votado antes da PEC do Teto dos Gastos. Segundo Maia, já há uma articulação de muitos partidos, inclusive da oposição, que pode gerar uma votação "antes e com mais tranquilidade" no plenário na segunda-feira pela manhã.

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Maia fez mais uma defesa da aprovação da PEC do teto, argumentando que o reequilíbrio das contas garante a retomada do crescimento. "Pela primeira vez um governo brasileiro não faz o fácil, que é criar impostos. O reequilíbrio das contas é a garantia que teremos investimentos no setor público e no setor privado."

Ele disse que "estão equivocadas" algumas entidades que tratam a reorganização das contas públicas como negativas. Para ele, a não organização das contas vai levar o Brasil à insolvência. "Esta conta de que saúde perde R$ 400 bilhões em 20 anos, educação perde R$ 20 Bilhões, é uma falácia. É uma mentira. Quero que alguém me prove que algum economista sério projetou, sem reequilíbrio das contas publicas, investimentos neste País. Que economista fez alguma projeção diferente da dívida/PIB caminhar para mais de 150% no prazo máximo de 10 anos. E quero saber qual a projeção de inflação se a PEC do teto não for aprovada."

Maia afirmou ainda que as entidades que vêm falando de forma irresponsável de perda de recursos não sabem das consequências se o reequilíbrio das contas não for aprovado na segunda ou terça-feira.

Pré-sal. Mais negou ainda que a aprovação de ontem do projeto do pré-sal pode ser mais uma medida impopular do governo Temer. "Medida impopular foram as medidas que no passado foram tomadas e geraram 12 milhões de desempregados", afirmou.

O presidente da Câmara argumentou que a votação foi acalorada mas era uma votação muito simples, porque até políticos da esquerda sabiam que era uma proposta racional, embora não falassem isso de forma objetiva. "(a medida) não tira o direito da Petrobrás, mas apenas dá a preferência. Porque o Estado não pode e não deve tudo, assim como a Petrobrás não pode e não deve tudo. O setor privado pode e deve colaborar principalmente no momento no qual a Petrobrás vive uma crise. 

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