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Quase de graça

Por Renato Cruz
Atualização:

Os computadores podem se tornar gratuitos? Estamos quase lá. A Fundação Raspberry Pi lançou uma máquina de US$ 5, chamada Pi Zero. É uma placa com processador ARM de velocidade de 1 GHz, 512 megabytes de memória, saída de vídeo mini-HDMI, encaixe para cartão de memória micro-SD e dois conectores micro-USB. Não tem Wi-Fi ou entrada de rede.

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O Raspberry Pi, cujo modelo mais recente é o Pi Zero, foi criado na segunda metade da década passada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, para oferecer um computador de baixo custo para crianças. Eles sentiam saudades do ambiente de computação da década de 80, em que jovens aprendiam a programar máquinas como Apple II, Commodore 64, TRS-80 e ZX Spectrum. Atualmente, as aulas de informática são mais voltadas para o uso do pacote Office, da Microsoft, ou a criação de páginas de sites.

Esses pesquisadores usaram componentes de celular para criar um computador barato numa única placa. O avanço dos smartphones trouxe escala para os componentes. 

Há 50 anos, Gordon Moore, cofundador da Intel, fez uma previsão que ficou conhecida como Lei de Moore, ao dizer que os processadores dobrariam sua capacidade a cada dois anos. Outra forma de enunciar essa “lei” é falar que, daqui dois anos, um chip com a capacidade atual sairá pela metade do preço. Isso explica como foi possível lançar um computador de US$ 5.

Além do objetivo educacional, o Raspberry Pi foi adotado pela comunidade de “fazedores” (makers), de pessoas que desenvolvem em casa os próprios projetos de eletrônicos, principalmente de robótica e automação. 

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O Pi Zero é tão barato que veio de brinde na revista MagPi, publicação oficial da fundação, que custa US$ 9. No vídeo em que anuncia o computador, Eben Upton, um dos criadores do Raspberry Pi, afirma que a MagPi é a “primeira revista de computador a trazer um computador de brinde”. 

O escritor Cory Doctorow tuitou a imagem de um anúncio antigo do computador Commodore 64 para comentar o lançamento. Ele perguntou: “O que os anos 80 teriam feito de um Raspberry Pi de US$ 5?” O anúncio apresentava o Commodore 64 como uma máquina muito mais barata que a dos concorrentes. Prometia um preço menor que US$ 600, enquanto um Apple II saía por US$ 1.395.

Lançado em 1982, o Commodore 64 tinha esse nome por ter memória de 64 quilobytes, o equivalente a 0,01% da memória do Pi Zero. A velocidade do processador era de 1 MHz, um milésimo da velocidade do Pi Zero. 

Mais do que programar, as crianças de hoje têm a oportunidade de criar outras máquinas, que tenham como cérebro eletrônico um computador de baixo custo como o novo Raspberry Pi.

DIGITAIS

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Segurança

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A 7Comm, empresa brasileira de tecnologia, criou um sistema para autenticar operações financeiras via celular. A 7Comm Security Image usa um padrão de imagem chamado CrontoSign, desenvolvido pela britânica Cronto. Para autenticar uma operação de internet banking, o usuário tira foto, com o celular, de uma imagem que aparece na tela do computador, no formato de um quadrado com pontos coloridos. O aplicativo instalado no celular confirma a identidade do usuário e valida a operação pela imagem. 

Internacionalização

A Prime Systems, do Grupo Seculus, contratou a PA Latino-Americana para conquistar mercado fora do País. A empresa espera conseguir clientes nos EUA, Europa e América Latina para sua plataforma de mobilidade PrimeBuilder, que tem mais de 55 mil usuários corporativos no Brasil. 

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