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Queda de juros leva investidor ao risco, diz Febraban

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O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, avaliou hoje que a redução na taxa juros leva os investidores a assumirem mais riscos em aplicações. "Esse movimento deve prosseguir e os investidores externos vão buscar alternativas fora de seus países, já que as taxas de juros externas seguirão baixas", disse Portugal, numa referência à perspectiva de manutenção e de aumento dos recursos financeiros externos aplicados no País.Portugal, que participa do Fórum Nacional de Agronegócios, em Campinas (SP), cobrou uma agenda de modernização do crédito rural no País e lembrou que as últimas medidas microeconômicas para o setor ocorreram no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Desde então, o governo atendeu a demanda e a oferta, com várias medidas de redução de custos, nos setores tributário e na infraestrutura. Seria importante aproveitar o momento para novas medidas microeconômicas", disse. "É preciso ainda reduzir os custos burocráticos para o crédito rural", completou Portugal. No evento, o presidente da Febraban mostrou ainda dados que apontam para uma queda na inadimplência do setor rural desde 2009, para em torno de 2% da carteira de crédito, atualmente. O crédito agrícola atingiu 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e, como o setor produtivo representa cerca de 5% do PIB, cerca de 75% da produção está atendida, na avaliação do executivo.Ainda segundo os dados da Febraban, o spread (diferença dos juros pagos para a captação dos recursos e o empréstimo na ponta) médio do setor é o menor entre todos e está em torno de 5,8%. Para a pessoa física, o spread médio é o maior, em torno de 16,5%.

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