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Recuperação mais forte da indústria não é disseminada

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, considera a recuperação ainda apenas pontual

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Por Redação
Atualização:

RIO - A recuperação mais forte do que a média nas atividades industriais que utilizam mais tecnologia na cadeia de fabricação de seus produtos pode não ser totalmente disseminada. O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, considera a recuperação ainda apenas pontual.

“Alguns poucos segmentos estão mostrando resultado positivo, mesmo na indústria de eletrônicos, porque dependemos muito da confiança do consumidor. A taxa de desemprego alta resulta em menor consumo, menor demanda por produtos, menor produção”, disse Périco, que atua na Zona Franca de Manaus, polo de fabricação de eletroeletrônicos.

Indústrias representadas pela Abineeestão operando com uso de 72% de sua capacidade de produção Foto: Rodolfo Buhrer/La Imagem - 20/3/2013

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Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, embora a busca por componentes eletrônicos e equipamentos para automação industrial esteja aquecida, as indústrias representadas pela associação estão operando com uso de 72% de sua capacidade de produção. Em 2014, o setor chegou a usar 82% da capacidade.

Para o diretor-presidente da Sociedade Brasileira Pró-inovação Tecnológica (Protec), Roberto Nicolsky, o desempenho melhor do que a média na produção industrial das atividades de maior intensidade tecnológica é explicado por casos isolados de poucas empresas. A Weg, assim como Romi e Embraer, tem histórico de investimentos em pesquisa e inovação: “Justamente porque têm mercado cativo no exterior, com grau de diferenciação em seus produtos, sentem menos os efeitos da crise, mesmo com o mercado interno caindo”.

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