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Redução da Selic não é suficiente, diz Afif

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, avalia que a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de reduzir a taxa básica de juros da economia em 0,25% é importante como sinalização. "Isso mostra que o movimento de redução da taxa Selic deverá ser retomado, mas ainda não é suficiente para ajudar a economia", explicou o presidente da ACSP. Ele disse ainda que o mais importante para o setor privado é o comportamento das taxas de juros que são efetivamente pagas pelas empresas e os consumidores. Afif alertou ainda que "enquanto não for reduzido o spread, que determina o custo efetivo do dinheiro para o setor real da economia, não haverá a retomada do crescimento". Para ele ainda não existe sinal de recuperação de renda em curto prazo. "Somente o crédito pode alavancar o crescimento", explicou Afif. "Para ocorrer a efetiva queda dos juros basta que o conjunto de medidas apresentadas pela ACSP ao Governo como a redução dos compulsórios e dos tributos e uma legislação que permita a rápida execução das garantias e a criação do cadastro positivo sejam aprovadas pelo Congresso com urgência", afirmou o presidente da ACSP. Redução traz de volta a esperança no crescimento, diz Federação do Comércio do RJ Já o presidente da Federação do Comércio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz, disse hoje que "a queda dos juros de 16,5% para 16,25% traz não só a retomada no processo de redução dos juros básicos da economia, mas principalmente a recuperação da esperança de que em 2004 o País possa encontrar o caminho do crescimento sustentado. ?Por isso, a Fecomércio-RJ não pode deixar de comemorar essa decisão. Os últimos resultados da indústria e do comércio vêm mostrando que os níveis dos juros ainda estão muito acima do desejável pela sociedade, mas é importantíssima essa indicação do Banco Central de que a economia está pronta para crescer", disse. Ele afirmou ainda que o comércio no Rio de Janeiro representa o setor que mais gera empregos formais e é responsável por 30% do PIB fluminense. ?Entretanto, é esse o segmento que mais sofre com a política monetária restritiva, por ser a ponta de lança da economia. Também não podemos deixar de salientar que somente continuando com o movimento de queda dos juros será possível alcançar o tão almejado desenvolvimento sustentável."

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