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Refis tem efeito 'nefasto' sobre arrecadação, diz procurador

Cristiano Morais, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, criticou os reiterados programas de parcelamento oferecidos a devedores da União

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA – Enquanto o governo tenta chegar a um acordo com o Congresso Nacional para garantir a arrecadação com o novo Refis, o procurador-adjunto da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Cristiano Morais, criticou os reiterados programas de parcelamento oferecidos a devedores da União. Desde 2000, foram 17 Refis diferentes. 

Morais afirmou que os programas têm efeito "nefasto" sobre a arrecadação e os benefícios são concedidos a uma minoria de empresas. "Ninguém nega que existe crise, mas das 17 milhões de empresas em atividade, 85% não são devedoras. A maior parte dos brasileiros são contribuintes que cumprem com seu dever", afirmou.

Se a atual edição do Refis for aprovada, será a 18ª diferente desde 2000 Foto: André Dusek/Estadão

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Morais participa de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para debater o montante do déficit da Previdência Social e dívidas de teor previdenciário, entre outros assuntos.

+ Prazo para adesão ao Refis será estendido

Mais cedo, na mesma comissão, o secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse que, quanto mais a reforma da Previdência Social demorar, mais duras terão que ser as mudanças no futuro

"A reforma previdenciária se faz necessária para garantir a sustentação do regime. Se não fizermos nada, vamos ter dificuldade e, quanto mais postergarmos, mais intensa terá que ser a reforma", afirmou.

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