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'Reformas vão ficar paradas e vamos pagar preço da irresponsabilidade de Temer'

Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, se não tiver uma solução rápida, com a saída de Temer e eleições diretas, 'o País será jogado novamente para o caos'

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, afirmou em entrevista ao Broadcast que o teor das informações dando de que o presidente Michel Temer negociou o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha é "muito grave". A notícia foi dada pelo jornal O Globo e a gravação teria sido feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS.

"É caso para renúncia ou impeachment do presidente Temer", disse o economista. Segundo ele, o que se lamenta mais é que as reformas vão ficar paradas. "Vamos pagar o preço pela irresponsabilidade do presidente Temer"

Jornal O Globo afirma que empresário da JBS gravou provas contra Temer Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

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O economista publicou artigo na edição desta quarta-feira, 17, do Estadão, defendendo que o Brasil tinha avançando dez anos em um ano. "Tudo isso acabou", afirmou. Na avaliação de Vale, se não tiver uma solução rápida, com a saída de Temer e eleições diretas, "o País será jogado novamente para o caos".

Ainda segundo Vale, se não for aprovada a reforma previdenciária, o Brasil retornará a uma recessão que deve durar por 2017 e 2018. O especialista acredita que o risco Brasil e o dólar devem disparar nesta quinta-feira na Bolsa, na esteira dos acontecimentos políticos.

Denúncia. Os donos da JBS, Joesley Batista e seu irmão Wesley Batista, gravaram uma conversa em que o presidente Michel Temer supostamente dá aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.

A conversa com Temer teria ocorrido no dia 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu, residência do presidente. No diálogo, Joesley teria dito ao peemedebista que estava pagando uma mesada a Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, também preso na Lava Jato, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. “Tem que manter isso, viu?”, disse Temer a Joesley, segundo relatou O Globo.

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