Publicidade

Região Norte é mais dependente da demanda externa e do crédito, diz BC

Segundo a instituição, estrutura contribui para que os impactos do agravamento da crise mundial se mostrassem com mais intensidade sobre a economia da região  

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

RECIFE - O Boletim Regional de Economia, divulgado hoje pelo Banco Central (BC), destaca que a estrutura da economia da região Norte está concentrada nas indústrias extrativa mineral e de eletrônicos. Em função disso, ela está mais dependente do dinamismo da demanda externa e de condições favoráveis no mercado de crédito. "Essa estrutura contribuiu para que os impactos do agravamento da crise mundial ocorressem com maior intensidade sobre a atividade econômica do Norte do que nas demais regiões.

PUBLICIDADE

"Esse ambiente, embora se refletisse na retomada incipiente da atividade econômica da região ao final do primeiro trimestre deste ano, registrou reversão importante a partir de meados do trimestre encerrado em junho, quando a relativa recuperação da economia mundial e o maior dinamismo das operações de crédito passaram a favorecer o desempenho das atividades industrial e varejista", diz o documento.

Neste cenário, o Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) aumentou 1,8% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 1,2%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados, diz o Boletim. As vendas do comércio varejista, evidenciando aumentos em cinco dos sete Estados da região, com ênfase nos referentes ao Acre (4,4%), ao Pará (3,3%) e ao Amapá (2,4%).

O avanço da economia do Nordeste no trimestre de junho a agosto deste ano, de 1,6%, tem origem no desempenho favorável do PIB da Bahia, do Ceará e de Pernambuco a partir do segundo trimestre de 2009, impulsionado, a exemplo do movimento observado em âmbito nacional, pela expansão do mercado interno.

"Vale mencionar que essa trajetória é ratificada pelo comportamento recente de indicadores relacionados às atividades varejista e industrial, favorecido pelo maior dinamismo dos mercados de trabalho e de crédito e pela intensidade dos programas de transferência de renda do governo federal à região", diz o documento do BC.

Neste cenário, conforme o Boletim, o Índice de Atividade Econômica Regional da Região Nordeste (IBCR-NE) registrou crescimento de 1,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio - quando, de acordo com dados dessazonalizados, registrara expansão de 0,4% no mesmo tipo de comparação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.