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'Relações entre Brasil e EUA não deverão mudar com eleição de Trump', diz ministro

Segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, as relações dos EUA com o Brasil são históricas e de longa data, e que o País está em "observação" com os desdobramentos da eleição norte-americana

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO DE JANEIRO - O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, afirmou na manhã desta quarta-feira, 9, que as relações entre Brasil e Estados Unidos não deverão mudar com a eleição do candidato do Partido Republicano, Donald Trump, como presidente.

"São relações históricas, de longa data, e queremos crer que não deverá ter grandes alterações. É preciso que, dada a campanha que se teve nos EUA, a gente aguarde um pouco. Estamos na fase de observação", disse Pereira, após participar de evento de lançamento do programa Brasil Mais Produtivo, na sede da Federação das Indústrias do Rio (Firjan).

O ministro admitiu que o discurso de Trump sobre protecionismo "é uma preocupação" Foto: EFE/Shawn Thew

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Questionado, Pereira admitiu que o discurso de Trump sobre protecionismo "é uma preocupação", mas esse tema tem sido debatido nos fóruns internacionais. "É um tema que está sendo discutido na OMC, no G-20, nos Brics, e com a posição do presidente eleito dos EUA, o tema deverá ganhar mais relevância nas discussões nos organismos internacionais", disse o ministro.

Pereira também demonstrou confiança de que a negociação de acordos comerciais com os EUA deverá prosseguir. Segundo o ministro, o Brasil vinha negociando a ampliação de acordos com os americanos, mas as conversas foram suspensas por causa da eleição, algo normal "quando há troca de governo". 

"Acredito que a gente tem condições de avançar. São dois grandes países, que têm maturidade para discutir as suas relações e espero muito que a gente consiga avançar e não retroceder", afirmou Pereira.

Diante da perspectiva de elevação na cotação do dólar por causa da eleição de Trump, o ministro disse que o mercado cuidará do tema. "Uma parcela do setor produtivo brasileiro quer o dólar mais alto. Há uma parcela que quer o dólar mais baixo. O mercado vai cuidar desse tema", disse Pereira.