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Revolução tecnológica será a saída do setor

Especialista enxerga revolução do modelo de produção do petróleo em águas ultraprofundas

Por Antonio Pita e
Atualização:

O aprimoramento da tecnologia na produção de petróleo será o diferencial das empresas para vencer a crise, segundo o especialista pela Coppe/UFRJ e conselheiro de administração da Petrobrás, Segen Stefen. Ele enxerga uma revolução do modelo de produção de petróleo em águas ultraprofundas, como no pré-sal brasileiro, com a extinção das tradicionais plataformas de petróleo e instalação de todos os equipamentos no fundo do mar.

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A revolução tecnológica deve acontecer em breve, em até dez anos, e vai contribuir para que as petroleiras reduzam o custo de produção em cerca de 20%. Assim, um campo que não seria viável com o petróleo a US$ 40 por barril, com a utilização das tradicionais plataformas de produção, passaria a ser com o uso de equipamentos submarinos. Stefen prevê um ganho em segurança e transformações no mercado de trabalho, que será dominado por profissionais especializados.

“O Brasil teve um papel muito importante no desenvolvimento de tecnologias offshore (marítimas). Mas essa tecnologia, que é considerada o estado da arte, já tem 30 anos. Tem de se pensar de forma um pouco mais vanguardista”, avalia.

Segundo Edmar Almeida, professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, experiências desse tipo já estão sendo realizadas no Golfo do México, nos EUA. Essa é uma tendência mundial, que determinará os “novos vencedores” da indústria petroleira. Já Stefen analisa que, apesar do Brasil estar bem posicionado nesse processo, “ainda está um pouco perdido”.

Stefen aposta no papel de destaque da Petrobrás na instalação submarina de equipamentos e extinção das plataformas tradicionais. Mas, em sua opinião, isso ocorrerá em parceria com as outras grandes petroleiras que atuam no País, como a anglo-holandesa Shell. “Falta ainda uma parceria entre os agentes, entre as petroleiras e os fornecedores. O momento é propício para juntar esforços.” 

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