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Risco de falta de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste cai a zero

Segundo documento distribuído pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), houve melhora nas condições de suprimento de energia e o abastecimento em 2014 está garantido

Por Anne Warth
Atualização:

O risco de desabastecimento de energia elétrica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste neste ano caiu de 2,5% em junho para zero em julho, segundo nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. No Nordeste, o risco de déficit continua zero. Esse porcentual considera a série história de informações climáticas utilizadas no Programa Mensal da Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS), que tem 81 anos. Segundo o documento distribuído pelo CMSE, houve melhora nas condições de suprimento de energia no País e o abastecimento em 2014 está garantido. O documento ressalta ainda a importância do parque de usinas térmicas disponível no País. Considerando a série sintética, com dois mil cenários derivados da série histórica, o risco nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu de 4,8% para 1,7%, e no Nordeste, recuou de 1,3% para 0,6%. Para o período entre 2015 e 2018, o risco de falta de energia nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste permaneceu em 4%. No Nordeste, esse risco permaneceu em 0,4%. O risco estaria dentro do planejamento, pois continua abaixo do 5% toleráveis pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Na nota, o CMSE reiterou que há uma sobra de energia de 5.500 MW médios para atender ao consumo previsto no País. Segundo o documento, chuvas bem acima da média em junho nas bacias do Iguaçu, Uruguai e Jacuí contribuíram para reduzir o risco de falta de energia. Os reservatórios das usinas dessas bacias e de Itaipu estão "praticamente em seus armazenamentos máximos". As afluências - quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas - ficaram 423% acima da média na Região Sul e 102% acima da média na Região Sudeste/Centro-Oeste. Na região Norte, as afluências atingiram 89% da média, e no Nordeste, apenas 42%. "O aumento de temperatura do Oceano Pacífico e os ventos nos baixos e altos níveis da atmosfera observados nesse período indicam o estabelecimento do fenômeno El Niño, de intensidade moderada, implicando na continuidade das precipitações da Região Sul com valores normais ou superiores à média histórica", diz a nota.

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