RIO - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar a possibilidade de aumento da meta fiscal pelo governo. Maia disse que a medida o deixa "desconfortável".
O deputado já havia dado declarações neste sentido, alegando que União, Estados, municípios e pessoas físicas devem "viver dentro de seu orçamento". O governo cogita rever a meta deste ano, de R$ 139 bilhões, e talvez a do ano que vem, por conta da demora na retomada no crescimento da economia e da baixa arrecadação.
+ Anúncio sobre mudança na meta fiscal fica para 2ª feira
Maia também reafirmou que a Câmara não aprovará aumentos de impostos e disse que a Casa também faz sua parte para o enxugamento das contas, por meio da aprovação de medidas como a PEC do Teto dos gastos públicos e a reforma trabalhista. "Não tem um deputado que não esteja preocupado com isso. Alguns têm dificuldade de votar. É um processo de acomodação."
Para o presidente da Câmara, o Brasil está avançando, apesar da crise. "Estamos enfrentando grandes desafios. Acho que avançamos olhando para o ano passado, para o que o presidente e o Congresso receberam da herança dos 13 anos do governo do PT." Em outro momento de sua fala, disse que o Brasil não pode correr o risco de virar o Rio de Janeiro e a Portugal (referindo-se à calamidade financeira), que "Bolsa Família não resolve", e sim reformas que possibilitem maiores investimentos do setor privado, com geração de empregos.
+ Governo prevê economia de R$ 9 bi ao adiar reajuste de servidores para 2019
O deputado está no Rio nesta sexta-feira onde participa de painel na Fundação Getulio Vargas (FGV) intitulado "Desafios para o Brasil: A agenda de reformas e a segurança pública no Rio de Janeiro". Ele falou à plateia da casa, respondeu a perguntas e foi aplaudido.
Por conta do tema proposto pela FGV, Maia também falou sobre segurança pública: afirmou que a presença de militares no Rio já melhorou a segurança nas ruas e garantiu que será aprovado um rol de medidas para o setor. Defendeu ainda mudanças na legislação, com vistas a uma maior participação federal no combate ao crime organizado.