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Saque do FGTS deve deixar PIB positivo

Liberação do dinheiro depositado nas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço vai contribuir com 0,61 ponto porcentual para o Produto Interno Bruto em 2017

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

BRASÍLIA - A liberação do dinheiro depositado nas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vai contribuir com 0,61 ponto porcentual para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. A projeção do Ministério do Planejamento indica que o saque do dinheiro parado do trabalhador deve livrar a economia brasileira de encerrar o terceiro ano seguido em recessão.

Estudo apresentado nesta quarta-feira, 9, pelo governo defende que o saque do FGTS teve reflexos positivos que foram da redução da inadimplência à diminuição do endividamento e do comprometimento de renda dos brasileiros e passou pelo aumento da confiança do consumidor e do comércio. O programa injetou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores entre março e julho.

Com o nome limpo ou menos dívidas, defende o estudo, mais brasileiros conseguiram ir às compras Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O argumento do estudo é que os trabalhadores usaram o dinheiro para pagar dívidas e, assim, conseguiram espaço para consumir. O planejamento cita dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que indicaram melhora do calote.

Com o nome limpo ou menos dívidas, defende o estudo, mais brasileiros conseguiram ir às compras. O governo argumenta que houve impacto no volume de vendas nos supermercados e em segmentos como telefonia celular e automóveis.

Pelas contas do Planejamento, essa injeção de dinheiro vai salvar o Brasil da recessão este ano. A equipe econômica prevê que a economia deve crescer 0,5% em 2017. Sem os saques do FGTS, portanto, a economia teria contração de 0,11%, no terceiro ano seguido de recessão. O banco Santander previa impacto menos intenso, de 0,40 ponto no PIB entre 2017 e 2018.

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, preferiu não comentar se o FGTS será o principal responsável pela saída da recessão. “Deixo essa resposta com o pessoal da equipe econômica”, disse. 

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