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Sem acordo, trabalhadores mantêm greve e Mercedes vai à Justiça

Em campanha salarial, com data-base em maio, os 8 mil metalúrgicos na planta da Mercedes-Benz têm mantido a fábrica parada durante todos os dias da mobilização

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Por Redação
Atualização:

Os trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), continuam em greve, iniciada na segunda-feira, 14. Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que não houve avanço nas negociações com a montadora e que a empresa decidiu ingressar na Justiça do Trabalho.

Em campanha salarial, com data-base em maio, os 8 mil metalúrgicos na planta da Mercedes-Benz têm mantido a fábrica parada durante todos os dias da mobilização. Eles reivindicam um acordo coletivo que garanta reajuste incorporado aos salários, mudança no cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e manutenção das cláusulas sociais previstas no acordo anterior. Na última sexta-feira, os trabalhadores rejeitaram proposta da montadora que previa reposição pelo INPC mais um abono não incorporado aos vencimentos.

Sétimo dia de greve dos trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo do Campo (SP) Foto: Edu Guimarães/SMABC

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Para o diretor-executivo do sindicato e funcionário da Mercedes-Benz, Moisés Selerges, a decisão da fábrica representa um retrocesso em relação ao processo de negociação que sempre ocorreu entre empresa e a entidade sindical. “Foi precipitado. Na história dos trabalhadores na Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos numa mesa de negociações”, avaliou. Para amanhã, quarta, está prevista nova assembleia em frente à empresa, às 7h30.

Em nota, a Mercedes afirmou que, "durante todo o período de greve, a empresa manteve a disposição em negociar e tentou um acordo com o Sindicato Profissional e os colaboradores dessa unidade". (...) "Considerando a continuidade da paralisação e a impossibilidade de uma solução negociada, a Mercedes-Benz do Brasil decidiu submeter a discussão à Justiça do Trabalho."

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