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Sem ajuda, 16 Estados podem decretar calamidade pública

Segundo governador do Piauí, 20 governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste vão divulgar uma carta sobre situação fiscal

Por Ricardo Galhardo e Álvaro Campos
Atualização:

SÃO PAULO - O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou nesta quarta-feira, 13, que os 20 Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste devem divulgar uma carta ao povo brasileiro na próxima segunda-feira, 19, denunciando a grave situação fiscal que vivem. Segundo ele, os Estados ainda tentam negociar algum tipo de acordo com o governo federal, mas se não for possível até 16 governadores podem decretar situação de calamidade pública.

Também nesta quarta-feira, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, descartou neste momento conceder apoio financeiro aos Estados do Norte e Nordeste que ameaçam decretar calamidade pública. "No momento, com as restrições que temos, não conseguimos sinalizar nenhum tipo de apoio financeiro. Isso que já dissemos aos governadores em toda a reunião", disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Agência Estado. 

O governador do Piauí, Wellington Dias, é um dos interlocutores dos Estados Foto: Ed Ferreira|Estadão

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Dias não quis dar um prazo para a possível decisão pela calamidade e disse que os Estados ainda esperam uma nova reunião com o presidente Michel Temer. Eles tentaram que esse encontro ocorresse nesta terça-feira, 13, mas o presidente não pôde atendê-los e eles acabaram tendo uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O governador disse que inicialmente os Estados pleiteavam uma ajuda de R$ 14 bilhões, mas que após os argumentos da União, aceitaram reduzir o pedido para R$ 7 bilhões. No entanto, nem isso Meirelles aceitou liberar ontem.

O governador do Piauí falou com jornalistas após encontro do conselho político do PT, na capital paulista. Quem também participou da reunião foi o governador do Acre, Tião Vianna. Questionado se estava considerando decretar calamidade, ele disse apenas que será "solidário" com a decisão dos outros Estados.