PUBLICIDADE

Publicidade

Sete Brasil consegue na Justiça inclusão de subsidiárias em plano de recuperação judicial

As três empresas estrangeiras são braços do grupo sem atividades operacionais autônomas

Por Mariana Sallowicz
Atualização:
Sete foi criada para construir sondas da Petrobrás Foto: Divulgação

A Sete Brasil conseguiu na Justiça decisão favorável para a inclusão de três subsidiárias austríacas no seu processo de recuperação judicial, a Sete Holding GMBH, Sete International One GMBH e a Sete International Two GMBH. A decisão é do desembargador Carlos Eduardo Moreira da Silva, da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

PUBLICIDADE

Em primeira instância, o pedido foi negado pelo juiz da 3ª Vara Empresarial do Rio, que contemplou na recuperação judicial apenas as empresas brasileiras do grupo, a Sete Brasil Participações, a Sete Investimentos I e a Sete Investimentos II. A empresa recorreu da decisão sob a alegação de que o principal estabelecimento do grupo é o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, onde exerce as suas atividades.

As três empresas estrangeiras são braços do grupo sem atividades operacionais autônomas. As subsidiárias são vinculadas à companhia no Brasil para emissão de títulos e otimização de eventual estrutura de garantias na contratação de financiamentos.

"Por não exercerem as empresas situadas no exterior, atividade operacional autônoma, o litisconsórcio (ajuizamento conjunto) revela-se primordial para que seja assegurada a eficácia da recuperação, resguardando-se a competência e efetividade do juízo universal brasileiro", diz o desembargador em sua decisão.

O pedido de recuperação judicial da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar as sondas do pré-sal para Petrobrás, foi aprovado pela Justiça do Rio em 13 de junho. Em 12 de agosto, a empresa ajuizou o plano de recuperação judicial. A proposta prevê a construção de até 12 sondas de perfuração de poços de petróleo, com uma demanda cerca de US$ 5 bilhões investimentos adicionais. Para desenvolver o plano, a empresa terá que obter financiamento de terceiros. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.