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Setor ainda pode crescer com atual infraestrutura, segundo TAM

O presidente da holding, Marco Antônio Bologna, avalia que o atual crescimento pode vir do aumento da capacidade existente nos voos

Por Rodrigo Petry e da Agência Estado
Atualização:

O setor aéreo ainda tem capacidade de crescer mesmo com a atual infraestrutura aeroportuária, avaliou o presidente da holding, Marco Antônio Bologna, após participar de reunião da Apimec, em São Paulo. "Mesmo com a limitação, o setor (aéreo) cresce de duas a três vezes a mais que o PIB. Até 2020, esperamos uma taxa de crescimento de 8% a 9% ao ano", afirmou.

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Segundo ele, o atual crescimento pode vir do aumento da capacidade existente nos voos. Isso aconteceria, disse Bologna, por meio do aumento da ocupação média dos assentos, "aproveitando melhor a capacidade fora dos horários de pico", e a descentralização dos hubs, como em Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, e Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, para outras cidades.

Um dos canais de crescimento da empresa no longo prazo será a classe média. O presidente da TAM, Líbano Barroso, disse acreditar ser possível elevar a fatia de passageiros nos voos a lazer a 60% até 2020. Atualmente, o principal público, com mais de 70% da ocupação nos voos, é o destinado a negócios, que geralmente viaja nos horários de pico, das 7h às 10h e das 17h às 20h.

Barroso ressaltou que uma das iniciativas é ampliar a parceria com redes de varejo, para a instalação de pontos de atendimento. Uma delas é com a Casas Bahia, que já conta com quiosques de venda de bilhetes em três lojas. Ele afirmou, contudo, que o projeto poderá ser estendido a novas redes, inclusive regionais, assim como ao varejo farmacêutico. Além dos horários noturnos, a companhia quer ocupar os horários das 10h às 17h com este público.

"Estamos tendo um retorno interessante com a Casas Bahia. Para a varejista, quanto mais serviços agregar, maior o fluxo de consumidores. Após a compra de eletroeletrônicos, o sonho de consumo (da classe média) é viajar de avião", disse. Ele evitou comentar sobre a expansão prevista dos quiosques da TAM na varejista, mas adiantou que deverá ser acelerada em 2011.

Final de ano

Sobre o final do ano, Barroso ressaltou que na visão da empresa o "overbooking é permitido", mas que a companhia não "mantém esta prática durante a alta temporada". A expectativa da TAM para a taxa de ocupação nos voos domésticos é de 70% a 75%, entre os meses de dezembro e janeiro. "Apesar de ser legal, não vendemos (passagem) acima da capacidade. Se o passageiro não aparecer, cobramos multa pela remarcação", disse Líbano.

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A empresa informou que manterá oito aeronaves adicionais para atender a demanda de final de ano. Destas, pelo menos cinco estarão posicionadas em tempo integral nos aeroportos considerados estratégicos, como Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, e Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro. "Há uma planejamento para mantermos mais aeronaves disponíveis nos aeroportos", completou.

A TAM revisou as taxas de crescimento da demanda para este ano de 14% a 18% para a faixa entre 22% a 25%, diante da elevação de 25% entre janeiro e outubro do mercado doméstico na comparação com o mesmo período do ano passado.

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