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Sindicalistas apresentaram investidores interessados na Varig

Por Agencia Estado
Atualização:

Insatisfeitos com o plano de recuperação da Varig, sindicalistas do setor aéreo e associações de funcionários da Varig planejam apresentar investidores interessados em injetar recursos na companhia. Rivais na busca pela representação dos empregados da empresa na criação do comitê de credores, que será eleito dia 24, os dois grupos buscam alternativas para um projeto que consideram vazio e insuficiente. Para o administrador judicial da Varig, o advogado João Vianna, a impressão é a de que o plano é uma "colcha de retalhos de planos que já foram apresentados anteriormente". Segundo fontes do setor, os seis sindicatos do setor aéreo ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) apresentarão na semana que vem à Justiça do Rio um investidor interessado em aportar dinheiro na Varig, mas o nome e a quantia que seria desembolsada ainda é um mistério. Os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que agrupa cinco associações de funcionários da Varig, quer reapresentar seu Plano de Reestruturação Ampla e está conversando com investidores para poder aportar, no curto prazo, US$ 60 milhões para a companhia regularizar seu fluxo de caixa até o fim do ano. "Como o PRA já previa a participação de um investidor, estamos conversando com antigos e novos investidores", afirma o coordenador do TGV, Márcio Marsillac. Segundo fontes do mercado, o investidor do TGV seria um grupo asiático. Encontro com Lula Os sindicalistas do setor aéreo encaminharam esta semana solicitação de audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A esperança é a de ter encontro com Lula já na semana que vem para pedir sua intermediação direta para salvar a Varig. "Queremos ser recebidos pelo presidente por que ele pode resolver o problema não só da Varig, mas do setor", diz a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. A sindicalista conta que vai pedir ao presidente que o governo considere o plano de reestruturação dos sindicatos do setor, batizado de Presa, que sugere 15 anos de alongamento de dívidas, com 3 anos de carência, e aporte de US$ 150 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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