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Sindicalistas são presos em protesto contra a Petrobrás

Dois diretores do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista foram presos por desobediência; um deles chegou a subir no teto da viatura, que carregou o manifestante por mais de trezentos metros

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

Terminou em confronto com policiais militares uma manifestação de petroleiros por aumento de salários e contra o desmonte da Petrobrás, na manhã desta quarta-feira (14), em Santos, no litoral de São Paulo. Dois diretores do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Fábio José de Melo e Fábio Loureiro, foram presos por desobediência. Um deles subiu no teto da viatura, que arrancou e o levou dessa forma por mais de trezentos metros. 

O protesto teve início em frente à sede da Petrobrás, no bairro Valongo, região portuária da cidade, com cerca de 150 manifestantes. Com faixas e carro de som, o grupo tentava impedir que os funcionários entrassem no prédio para trabalhar. A Polícia Militar foi chamada e tentou obrigar a retirada de veículos que obstruíam a passagem. Houve discussão e um sindicalista recebeu voz de prisão. "Está preso por desobediência, pode colocar a algema nele", ordenou o policial que comandava a ação.

PM informou queinterveio no protestoporque um grupo tentava impedir a entrada de funcionários na Petrobrás Foto: Divulgação/Sindipetro-LP

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O diretor do sindicato foi colocado na parte traseira do veículo e, quando a viatura começou a se movimentar, outro sindicalista subiu no capô dianteiro e, em seguida, no teto do veículo. Mesmo assim, os policiais arrancaram e imprimiram velocidade na viatura. O manifestante também acabou preso. Às 12 horas, os dois sindicalistas ainda prestavam depoimento no 1º Distrito Policial de Santos, mas seriam liberados. 

De acordo com José Eduardo Galvão, diretor do sindicato, o protesto era pacífico, em defesa da estatal e contra o acordo coletivo que prevê a venda de parte de ativos da empresa. "As negociações estão difíceis porque a empresa quer dar um reajuste muito baixo." Segundo ele, embora os diretores da estatal tenham recebido reajuste equivalente à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi oferecido aos funcionários metade do índice médio da inflação. 

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