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Sindicato de auditores recorrerá à Justiça contra adiamento de reajuste de servidor

Para Sindifisco, governo optou por penalizar servidores em vez de enfrentar deputados e senadores que, segundo a entidade, seguem aprovando "medidas estapafúrdias"

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - A intenção do governo em adiar o reajuste dos funcionários públicos federais de janeiro para 2019 com o objetivo de ajudar nas contas do próximo ano foi classificada como um "descalabro" pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).

O Sindifisco Nacional avisou que recorrerá ao Judiciário para evitar o adiamento do reajuste da categoria. Em nota intitulada "Adiamento do acordo, jamais! Auditores não pagarão pelas fraquezas do governo", o Sindifisco acusa a administração federal de preferir penalizar funcionários públicos federais e da iniciativa privada em vez de enfrentar deputados e senadores que, de acordo com a entidade, insistem em aprovar "medidas estapafúrdias".

Adiamento do reajuste aos servidores foi considerado um "descalabro" pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). Foto:

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"O acordo fechado com o governo não é caro nem barato; não houve imposições. Tudo foi negociado, e às claras. Se os técnicos do Executivo não souberam fazer projeções, contas, estudos de quadros futuros, lamentamos a incompetência. Mas não vamos pagar por ela", diz o comunicado.

O sindicato também critica o fato da equipe econômica propor o congelamento dos salários dos concursados por um ano, mas não apresentar propostas que diminuam a quantidade de cargos comissionados. "Da mesma forma, estranho é negociar sem vacilação com os ruralistas a dívida do Funrural [Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural], abrindo mão de receitas expressivas. E sobre o Super-Refis, em gestação na Câmara, um festival de perdões notórios e fichados maus pagadores?", questiona a entidade, que ainda cita reserva de R$ 3,6 bilhões aprovada esta semana no Congresso para o financiamento de campanhas eleitorais.

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